Com os dados do Datasus, sistema de informações do Ministério da Saúde, o jornal Folha de S. Paulo compilou que mais de dezesseis mil pessoas foram vacinadas com doses trocadas de imunizantes diferentes contra a Covid-19 no Brasil.
O que aconteceu foi que essas pessoas tiveram registro de primeira dose com a vacina da Coronavac e da segunda dose da Oxford/AstraZeneca ou vice-versa. E, os dados revelam que 14.791 pessoas iniciaram a imunização com esta última, e receberam uma segunda dose da Coronavac, enquanto 1.735 pessoas fizeram a trajetória contrária.
Além disso, as vítimas de troca foram vacinadas entre 17 de janeiro e 17 de fevereiro, retornando para a segunda dose até 8 de abril, somando no total 3,5 milhões de trocas ocorridas, de maioria em profissionais de saúde.
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E, o grande problema é que os dois imunizantes, que são os únicos disponíveis no Brasil, possuem intervalos diferentes de aplicação, sendo o da Coronavac de até 28 dias e da Oxford/AstraZeneca, três meses, de acordo com a Fiocruz. Além disso, as duas vacinas foram desenvolvidas com tecnologias distintas.