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Granulomatose de Wegener afeta ator José Mayer; médicos explicam a doença

A doença autoimune diagnosticada no ator José Mayer provoca a inflamação dos vasos sanguíneos nos rins, pulmões e vias respiratórias

Granulomatose de Wegener afeta ator José Mayer; médicos explicam a doença
Granulomatose de Wegener afeta ator José Mayer; médicos explicam a doença – Reprodução/Instagram/@josemayerarte

Em 2017, o ator brasileiro José Mayer foi diagnosticado com Granulomatose de Wegener. Recentemente, o artista precisou ser internado para tratamento da doença, mas seu estado de saúde é estável.

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O médico neurocirurgião do Hospital das Clínicas, Dr. Fernando Gomes, fala que a Granulomatose de Wegener é uma doença autoimune na qual existe a produção de anticorpos contra a parede dos vasos sanguíneos, provocando inflamação que compromete a chegada de sangue nos vasos sanguíneos, que se manifesta na pele, no trato respiratório, nos rins, nas articulações, no sistema nervoso central e periférico.

Entenda a doença diagnosticada em José Mayer

O otorrinolaringologista, Bruno Borges de Carvalho Barros revela que no trato respiratório, a doença pode se manifestar de maneira crônica e comprometer o nariz e seios da face, causando congestão nasal, rouquidão rinite, sinusite de que podem ser difíceis de tratar e controlar. “Este acometimento ocorre entre 70-100% dos casos”, alerta.

O otorrino ainda fala que há um outro sentido que pode sofrer com a doença, a audição. “Pode acontecer a perda auditiva irreversível que ainda pode vir acompanhada de tontura e zumbido e os pulmões também costumam apresentar anormalidades em mais de 90% dos exames radiológicos e geram tosse produtiva e até desconforto para respirar”.

O diagnóstico é feito com exame de sangue ou até ser necessária uma biópsia da lesão para que o tratamento seja feito de maneira adequada para controlar o processo inflamatório provocado pela reação autoimune, com medicações a base de corticoides e imunossupressores.

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O Dr. Fernando Gomes alerta que a taxa de incidência é de 2 a 12 acometidos a cada um milhão de habitantes, sendo a maior prevalência em pessoas brancas do gênero masculino. “A doença tem tratamento, mas exige acompanhamento médico adequado”, finaliza.