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Cuidado! Fumaça do tabaco piora a qualidade do tecido ósseo, mostra estudo

Além disso, o cigarro aumenta a atividade dos osteoclastos, o que resulta na perda de tecido mineralizado do osso

Fumaça de cigarro piora a qualidade do tecido ósseo, mostra estudo – Pixabay

Você provavelmente já sabia que cigarro tem vários malefícios, certo? Porém, agora, houve uma outra descoberta.

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Um estudo da USP (FMUSP) identificou os efeitos danosos do tabagismo na consolidação óssea.

Por meio de testes em camundongos, a pesquisa mostrou que a exposição à fumaça piora a qualidade do tecido ósseo e afeta a matriz extracelular fundamental para sua formação, o que resulta em perda da massa óssea e afinamento das fibras do tecido. O pesquisador e cirurgião ortopedista responsável pelo trabalho, Alexandre Povoa Barbosa, destacou ao Jornal da USP que os estudos sobre as consequências do tabagismo no corpo humano foram realizados com foco em doenças que afetam diretamente os órgãos vitais.

“Uma coisa que me motivou a fazer a pesquisa foi que, como cirurgião ortopedista, vejo um índice alto de fraturas, como resultado dos tratamentos cirúrgicos nos pacientes tabagistas, e isso é algo que nunca esteve muito bem explicado.”, disse Alexandre. 

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Como o estudo foi feito?

O que foi notado foi o aumento da atividade das células osteoclastos — que atuam na reabsorção do tecido ósseo. No metabolismo ósseo comum, acontece a formação óssea (feita pelos osteoblastos) e a reabsorção. A pesquisa identificou o aumento da presença de osteoclastos e redução da atividade osteoblástica. Isso significa que o processo de formação ósseo não acompanhava a reabsorção, o que culmina na perda de massa óssea mineral. 

Em resumo, a fumaça de cigarro resulta no afinamento das fibras ósseas. Além disso, o cigarro aumenta a atividade dos osteoclastos, o que resulta na perda de tecido mineralizado do osso.

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E, para analisar os efeitos do cigarro no metabolismo ósseo, camundongos foram divididos em dois grupos. O Grupo Controle, com animais expostos ao ar ambiente, e o Grupo Fumo, com animais expostos à fumaça.

“A alteração na proporção dos tipos de colágeno na matriz óssea é provavelmente o principal mecanismo para explicar a maior fragilidade fisiológica para o reparo tecidual do indivíduo tabagista. Certamente, esses mecanismos inflamatórios prejudicam a regeneração da matriz e sua mineralização, comprometendo a qualidade e integridade do tecido”, concluiu Barbosa.

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