Falta de prudência com as lentes de contato pode levar à cegueira

O uso de lentes de contato é algo tão corriqueiro na vida de algumas pessoas que muitos cuidados essenciais acabam passando batido. Dormir com elas é um dos exemplos mais comuns e é bastante prejudicial, pois atrapalha a oxigenação da córnea.

Apesar de existirem modelos que permitem isso, um estudo publicado na revista científica Ophthalmology revelou que esse hábito aumenta em 6,5% a chance de lesões oculares. A higiene é outro item para o qual muita gente faz vista grossa. Que pena, já que lavar bem as mãos antes de manipulá-las e limpá-las com líquidos próprios para esse fim diariamente é fundamental para não colocar os olhos em risco. E não adianta ter todo esse cuidado e depois colocá-las em estojos sujos.  

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Apesar de a água ajudar a retirar os micróbios da pele e evitar que eles passem para as lentes, se caírem diretamente sobre elas podem ser a causa da contaminação. “Por isso, oriento meus pacientes a retirá-las antes de tomar banho ou entrar na piscina ou no mar”, conta a oftalmologista Claudia Del Claro, coordenadora do Setor de Lentes de Contato do Hospital de Olhos de Florianópolis, em Santa Catarina.

Também não é uma boa ideia pegar apenas a receita dos óculos e escolher as lentes pelo preço. Cabe ao médico indicar a melhor opção para cada caso. E é preciso ainda ficar atento ao momento da troca, se elas forem descartáveis. Se o par estiver fora do prazo de validade perde a segurança e eficácia.

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Segundo Claudia, infecções causadas pelo uso incorreto das lentes são mais comuns do que se imagina. Ela diz que atende esse tipo de caso semanalmente e que eles podem ser bem graves, levando a muita dor e até mesmo à perda da visão. Por conta disso, a especialista ressalta a grande importância da Campanha “Setembro Safira”.

O objetivo da ação é conscientizar e educar os usuários sobre os cuidados e os riscos, para que infecções sejam evitadas e o usuário tenha uma melhor experiência com as lentes. A campanha tem o apoio da Prefeitura de Florianópolis, da Sociedade Catarinense de Oftalmologia e da Universidade Federal de Santa Catarina.