Imagina ter dificuldade para ouvir uma música, conversar ou até mesmo escutar uma buzina no meio da rua e evitar um acidente? A perda auditiva, ou seja, a diminuição da capacidade de perceber os sons, é bastante comum na população.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 466 milhões de pessoas têm uma perda auditiva incapacitante, isto é, que compromete a qualidade de vida e bem-estar do indivíduo. E até 2050, a expectativa é que 900 milhões de indivíduos estejam nessa situação.
Alguns fatores, tais como exposição a sons altos e toxinas influenciam na progressão desse problema.
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GRAUS
Também, vale destacar que a perda auditiva possui diferentes graus —leve, moderado, severo e profundo. No primeiro caso, a pessoa consegue ouvir e participar de conversas, mas sente dificuldade de escutar sussurros, por exemplo. Já no nível severo há perda da capacidade de comunicação.
CAUSAS
E, apesar de a perda de audição ser mais comum na terceira idade, existem outras questões que a comprometem durante a vida. São elas: doenças crônicas – como hipertensão e diabetes, tabagismo – por interferir na circulação sanguínea do ouvido interno, efeitos colaterais de medicamentos, traumatismos e inflamações crônicas no ouvido.
Além disso, entre as causas adquiridas destaca-se conviver por longos períodos em um ambiente com ruídos excessivos —principalmente em locais de trabalho com barulhos de máquinas, uso de motos ou em shows e eventos. Outro fator que causa a diminuição da audição é a exposição a sons altos de forma frequente com o uso de fone de ouvido.
FONES DE OUVIDO
Também, uso constante de fones de ouvido pode ser responsável pelo aumento da perda auditiva. Nesse caso, o problema é conhecido como perda auditiva induzida pelo ruído intenso.
Segundo a OMS, cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e jovens adultos estão em risco de comprometer a audição por usar dispositivos pessoais de áudio, incluindo celulares.
Além disso, uma pesquisa publicada no Jama Network e realizada com crianças em idade escolar mostrou que o uso de fones de ouvido pode estar relacionado com a perda auditiva. Foram avaliados mais de 3.000 jovens entre 9 e 11 anos. Os pesquisadores reforçaram os efeitos prejudiciais da exposição frequente a sons altos por meio de fones de ouvido em tablets e celulares.
PREVENÇÃO
É muito importante prevenir a perda auditiva desde a juventude. Assim, a principal recomendação é evitar a exposição a sons de alta intensidade. Uma regra prática ao usar fones de ouvido: se o seu vizinho escuta o som do seu fone, está alto demais.
E, trabalhadores em ambientes de ruído devem usar protetores auriculares específicos que realmente atenuem os sons e protejam os ouvidos.
Dicas para evitar a perda auditiva
- Use protetores de ouvido em locais barulhentos;
- Não ultrapasse a metade da potência dos fones de ouvidos e não use por longas horas;
- Evite a exposição prolongada a ruídos altos e música;
- Procure tratamentos para infecções no ouvido;
- Mantenha diabetes e pressão arterial sob controle;
- Nunca coloque objetos estranhos no ouvido;
- Não se automedique para evitar efeitos colaterais que afetem a audição; Limpe com cuidado as orelhas e não use cotonetes para evitar empurrar a cera para dentro ou machucar o tímpano;
- Realize visitas regulares ao médico e faça exames preventivos auditivos.