Na última quinta-feira, 14 de julho, a Suprema Corte de Justiça do Peru autorizou a primeira eutanásia do país. Na ocasião, o caso venceu por quatro votos a dois, mas ainda precisa definir o protocolo médico que será realizada a eutanásia.
“Precisa-se entender por eutanásia a ação de um médico de fornecer de forma direta (oral ou intravenosa) um fármaco destinado a pôr fim à sua vida” afirma a sentença.
Primeira mulher a passar por eutanásia no Peru sofre com doença incurável e degenerativa
O caso foi aberto em fevereiro de 2021, pela própria mulher de 45 anos que sofre com a doença incurável e degenerativa.
Ana Estrada sofre com polimiosite. Desde os 12 anos, quando recebeu o diagnóstico, a ativista sente uma fraqueza muscular estrema que, aos 20 anos, a colocou em uma cadeira de rodas.
Como no caso de Ana, a doença inflamatória idiopática grave, portanto, atinge o tecido conjuntivo dos músculos dos quadris, coxas, ombros, braços e pescoço. No entanto, ela não apresenta uma relação com o sistema nervoso central, afetando puramente a musculatura, a enfraquecendo periodicamente.
Além disso, a polimiosite “se instala durante ou logo após uma infecção aguda causada por vírus, ou como resultado de certas reações autoimunes hereditárias”, como explica o dr. Drauzio Varella, em seu portal online.
Ainda não há uma cura, nem um tratamento efetivo para a causa que afeta, principalmente, homens acima dos 60 anos, mulheres acima dos 40 e crianças entre 5 e 10 anos.