Balão gástrico deglutível: procedimento aprovado pela Anvisa é indicado para pacientes com sobrepeso

Médico explica que novo balão gástrico deglutível é uma alternativa indolor, não invasiva e sem anestesia para perda de peso; entenda

Balão gástrico deglutível: procedimento aprovado pela Anvisa é indicado para pacientes de sobrepeso
Balão gástrico deglutível: procedimento aprovado pela Anvisa é indicado para pacientes de sobrepeso – Foto: Divulgação

Segundo informações divulgadas pelo Atlas Mundial da Obesidade 2022, o Brasil deve ter quase 30% de adultos obesos em 2030. A pesquisa foi realizada pela Federação Mundial da Obesidade. Mas, você já ouviu falar sobre o balão gástrico? O procedimento é uma alternativa indolor, não invasiva e sem anestesia para a perda de peso.

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Quem explica isso é o médico gastroenterologista Felipe Matz, membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). Segundo o profissional, a nova técnica permite que o balão seja colocado com o paciente acordado, sem sedação, através da deglutição de uma cápsula.

“É feito através da deglutição de uma cápsula em que o balão está inserido e esta cápsula desce até chegar no estômago. Quando chega no estômago, fazemos um raio X para observar se o balão está bem colocado no estômago. A partir daí, insuflamos o balão e o paciente não sente nada. Após 15 minutos, retiramos o cateter e o paciente pode ir andando para casa”, diz.

O especialista ainda esclarece que um dos pontos positivos do balão gástrico é que a Anvisa libera para qualquer paciente com IMC (índice de massa corporal) acima de 27. Ou seja, quem tem sobrepeso alto, pode colocar o balão.

Mas, como o balão gástrico vai agir no organismo?

“É uma prótese que ocupa espaço no estômago, fazendo com que preserve a fome e saciedade do paciente, porém reduzindo o tamanho do prato em 1/3 do volume que costuma comer”, acrescenta o gastroenterologista. “Acaba se tornando um reeducador também, pois aumenta o tempo de saciedade (deixando mais lenta a digestão), o que acaba obrigando o paciente a comer “pouco” a cada 2 ou 3 horas. Pode perder de 3 a 5 vezes o que o paciente perderia em uma dieta normal”.

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O Dr. Felipe diz que alguns efeitos colaterais são comuns após 3 ou 4 dias do procedimento. Cólica, enjoo e até vômito podem ser comuns. Medicamentos receitados por profissionais podem aliviar e dar conforto aos pacientes.

Há a possibilidade de fazer a retirada do balão?

Segundo o médico, o balão foi feito para ser ingerido em formato de cápsula e ser eliminado espontaneamente pelo organismo, pois tem uma válvula que vai se dissolvendo ao longo dos primeiros 4-6 meses até se esvaziar e ser eliminado. Porém, caso o paciente opte por retirar anteriormente ao prazo, é possível ser feito através de endoscopia.

“No entanto, como trabalhamos não apenas o emagrecimento, mas também a reeducação alimentar, para firmar os hábitos saudáveis e o paciente ter tempo para isso, orientamos a não retirar e ficar o máximo possível de tempo até ser eliminado espontaneamente”, finaliza.

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