Considerado uma doença grave pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ebola começou a atingir novamente a República Democrática do Congo há três meses. Em abril, autoridades de saúde entraram em vigilância após o início de um surto da doença na cidade de Mbandaka. Na época, a OMS chegou a declarar que uma campanha de vacinação havia sido iniciado como estratégia para conter o avanço da enfermidade considerada fatal na maioria dos casos.
Identificado pela primeira vez em 1976, o vírus do Ebola se configurou como o 14ª surto da doença no país em 2022. Seis dessas ondas já ocorreram desde 2018. “Lições cruciais foram aprendidas com surtos anteriores e foram aplicadas para conceber e implantar uma resposta ao ebola cada vez mais eficaz”, comunicou a diretora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a África, Matshidiso Moeti.
PAÍS DA ÁFRICA CENTRAL DECLAROU FIM DO NOVO SURTO
Com a identificação do surto na cidade da República Democrática do Congo, pouco mais de 2 mil pessoas foram vacinadas, incluindo cerca de 300 contatos e 1.307 profissionais da linha de frente, conforme a OMS. Caracterizado como uma febre hemorrágica, o Ebola causou 4 infecções e um caso provável nesse novo surto. Infelizmente, todos os pacientes morreram.
Na segunda-feira, 04, a República Democrática do Congo declarou o fim do surto de Ebola. Mesmo assim, autoridades de saúde continuam em vigilância. “A África está vendo um aumento no Ebola e outras doenças infecciosas que saltam de animais para humanos, afetando grandes áreas urbanas”, alertou Moeti.
A diretora também ressaltou a importância das autoridades ficaram sempre atentas. “Precisamos estar cada vez mais vigilantes para garantir que detectemos os casos rapidamente. Essa resposta ao surto mostra que, ao reforçar a preparação, a vigilância de doenças e a detecção rápida, podemos ficar um passo à frente”.