“Senhor Parkinson, eu tenho você, você não me tem”: essa é a forma inspiradora de como a jornalista Renata Capucci lida com a doença que a acomete há quatro anos. Conhecida por seu trabalho no Fantástico, Renata revelou pela primeira vez que foi vive com a Doença de Parkinson. “Chegou a minha hora, chegou a minha vez de me libertar. Porque viver com esse segredo é ruim”.
Renata Capucci foi diagnosticada com Parkinson em 2018
O Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos do paciente. No podcast Isso é Fantástico, que foi ao ar no domingo, 26, a jornalista revelou que começou a sofrer com os sintomas da doença ainda em 2018 – ano em que recebeu o diagnóstico. Na época, quando estava no meio do programa Popstar, a jornalista relatou que as pessoas reparavam que ela estava mancando, mas que não percebia.
Um certo dia, quando estava em sua casa, outros sinais acenderam um alerta: “meu braço subiu sozinho, enrijecido”. Seu marido, que é medico, a levou então para um hospital com emergência neurológica. “Fui diagnosticada com Parkinson. Aquilo caiu como uma bigorna em cima da minha cabeça”.
Na época, ela tinha 45 anos. Depois de quatro anos, Renata Capucci tomou a decisão de revelar seu quadro. “Você se sente vivendo uma vida fake, porque parte de você é de um jeito e você fica escondendo a outra parte de outras pessoas, no meu caso a maioria das pessoas, porque eu sou uma pessoa pública”.
Conforme a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), do Ministério da Saúde, o Parkinson se caracteriza pela degeneração de células em uma região do cérebro chamada “substância negra”. Com isso, a doença provoca tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e desequilíbrio. A fala e a escrita também podem ser afetadas.
Renata utiliza sua experiência para quebrar preconceitos contra pessoas que convivem com a doença. “Quatro anos depois, eu estou bem, eu sou feliz. Eu não quero virar mártir. Eu não quero que tenham pena de mim. Ao contrário, eu tenho orgulho da minha trajetória”. A jornalista revela que passou pelo período de negação e, até mesmo, depressão. Mas, hoje ela encara a doença de frente.
“Eu faço tudo o que eu posso de exercício, de remédio e eu tenho uma vida positiva. Eu me sinto feliz, apesar de tudo. Eu não sou café com leite por ter doença de Parkinson, eu faço todas as matérias. Não me sinto diminuída”, destacou.