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Anvisa nega certificado de boas práticas do Bharat Biotech

Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou a compra de vinte milhões de doses da vacina, juntamente à empresa Precisa Medicamentos, no valor de R$ 1,6 bilhão

Anvisa nega certificado de boas práticas do Bharat Biotech – Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou o certificado de boas práticas na fabricação de medicamentos do laboratório indiano Bharat Biotech, que produz a vacina anti-Covid Covaxin.

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A decisão foi publicada na terça-feira, dia 30, no Diário Oficial da União e foi assinada pela gerente-geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, Ana Carolina Moreira Marina Araújo. Com a publicação, a medida já está em vigor.

As motivações para a negativa foram o descumprimento de diversos artigos de regras e instruções sobre o tema, que incluem problemas na documentação, nos métodos de análise, na integridade dos recipientes e nos métodos usados para “esterilização, desinfecção, remoção ou inativação viral”, entre outros.

A inspeção do laboratório ocorreu entre os dias 1º e 5 de março, com uma equipe de cinco servidores especializados, que analisaram todas as “áreas fabris das linhas que produzem os insumos farmacêuticos ativos (IFAs) biológicos e as vacinas”, havia informado a Anvisa à época.

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Esse tipo de ação é bastante comum e foi realizado por diversas vezes também durante a pandemia de Covid-19. As farmacêuticas Sinovac Biotech, que produz a CoronaVac, Pfizer, Janssen-Cilag, que fabrica a vacina da Johnson & Johnson, e a AstraZeneca, responsável pelo imunizante da Universidade de Oxford, também passaram pelo procedimento e receberam o certificado da Anvisa.

E, a medida visa garantir que as vacinas usadas produzidas no exterior e usadas no Brasil tenham o padrão de qualidade exigido pelo órgão em todas as etapas – produção, embalagem e armazenamento. A negativa da Anvisa deve atrasar ainda mais a liberação da Covaxin no País, já que a etapa é fundamental para a autorização de uso emergencial do imunizante.

Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou a compra de vinte milhões de doses da vacina, juntamente à empresa Precisa Medicamentos, no valor de R$ 1,6 bilhão. A compra iria começar a chegar neste mês e, se de fato chegar ao território nacional, precisará ficar estocada até a liberação da Anvisa.

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