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Corrida de rua ou na esteira? Especialista explica vantagens e desvantagens de cada um

De acordo com Sol Meneghini, cada modalidade oferece pontos positivos e negativos para o organismo

Corrida de rua ou na esteira? Especialista explica vantagens e desvantagens de cada um – Freepik / @pressfoto

Calçar um par de tênis, vestir roupas confortáveis e começar a correr. Para realizar uma corrida bem feita, uma das modalidades mais populares entre aqueles que desejam se exercitar, não tem mistério.

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No entanto, pode surgir a dúvida sobre o local mais apropriado para treinar: na rua ou na esteira?
 
Segundo a personal trainer Sol Meneghini, os dois modos são úteis durante os treinamentos, embora tenham finalidades diferentes. A corrida na esteira, por exemplo, é indicada para os que estão tentando evitar o sedentarismo.
 
“É a mais recomendada também para quem está com sobrepeso, pois você consegue controlar o ritmo da atividade. Também é mais interessante para indivíduos pouco treinados, que estão retornando de alguma lesão ou pessoas que não possuem uma boa técnica de corrida, uma vez que a esteira proporciona menor impacto para o praticante”, citou. 

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Já que o treino na esteira oferece mais possibilidade de planejamento e customização, isso acaba tornando o exercício mais eficiente e preciso.
 
“Na esteira, o indivíduo pode ajustar a velocidade, inclinação e distâncias. Dessa forma, fica mais fácil prestar atenção na própria biomecânica. Ou seja: tipo de pisada, tamanho da passada, coordenação com o movimento dos membros superiores, além da frequência cardíaca e respiração”, apontou Sol.
 
Outra vantagem da esteira é sua localização: o ambiente fechado praticamente não causa nenhuma interferência no treino. “Afinal, você não precisa se preocupar com buracos, carros, pessoas, animais ou piso escorregadio, sem contar as paradas no sinal de trânsito”, lembrou. Treinar na esteira é, portanto, uma excelente maneira de focar na sua técnica e produtividade na corrida.
 
“A atenção tende a ser concentrada somente no treino, o pode ser um grande benefício para quem busca evoluir seu desempenho. Com esse exercício, é possível avaliar aspectos como pisada, postura, movimento de braços, quadril e respiração”, defendeu.
 
As corridas ao ar livre também apresentam vários pontos positivos. De acordo com a profissional, o praticante pode sentir um maior impacto no organismo.
 
“Quando conta com uma boa preparação, isto é, a musculatura é bem desenvolvida e biomecânica está correta, elas auxiliam muito na saúde osteomuscular e até mesmo dos discos intervertebrais. O exercício exige maior resistência do indivíduo por causa do terreno acidentado e da ausência da rolagem da esteira, o que diminui a necessidade de ação do músculo posterior da coxa. A densidade óssea agradece”, brincou. Além disso, as interferências da rua que marcam a corrida de rua também podem ser encaradas de forma positiva. 
 
“O indivíduo desfruta da luz solar, da paisagem, do cheiro do ambiente em que se encontra, fatores associados à redução de estresse, ao sentimento de positividade e à maior possibilidade de integração com pessoas – pelo menos antes da pandemia do coronavírus”, apontou. Ao correr ao ar livre, existe menos risco do corpo ficar desidratado. A personal trainer explicou o motivo.
 
“Diferente do treino em ambientes fechados, na rua há circulação de vento e, assim, o corpo tem menos facilidade em superaquecer e, consequentemente, em desidratar. De qualquer forma, é fundamental levar uma garrafinha d’água para onde você estiver treinando, para manter o corpo com a hidratação em dia”, advertiu.
 
A especialista ressaltou que, independente da modalidade, é preciso ter um preparo físico antes de cada corrida. Para quem vai começar agora a se exercitar, pode ser uma boa começar aos poucos.
 
“O processo deve ser uma transição, intercalando minutos de caminhada e uma corrida leve, de baixa intensidade. O primeiro passo é procurar um médico para saber se há algum problema de saúde como problemas cardíacos, hipertensão e asma, e não iniciar nenhuma atividade sem orientação de um profissional de educação física”,
indicou.
 
“Além disso, não queira correr uma maratona, vá devagar. É preciso respeitar o corpo e os limites que ele impõe. Diminua a velocidade se achar que não vai conseguir. Ela não é importante em um primeiro momento. Conforme for evoluindo, aumente o tempo de corrida e não a velocidade. Também não precisa correr todo dia se você está começando agora. Assim, você evita um desgaste excessivo dos músculos e evita lesões”, recomendou.
 
Os cuidados pré e pós-treino também são essenciais. “Antes de iniciar a corrida, é preciso fortalecer a musculatura. Por isso, é importante começar treinos de musculação específicos para as regiões do corpo mais demandadas durante a corrida”, acrescentou.
 
“Depois da atividade, faça um alongamento focado em relaxar os músculos. Esse é o tempo necessário para o corpo, que está frio e desaquecido, atingir uma maior quantidade sanguínea e vascularizar a musculatura. O corpo precisa estar em homeostase, em equilíbrio com líquidos e temperatura”, completou.

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