O aumento significativo de infecções pela Ômicron fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertar o mundo sobre uma questão importante diante desse cenário: a atualização de vacinas. Recentemente, a OMS afirmou que a nova cepa não deve ser considerada como branda.
Diversas farmacêuticas realizaram estudos para entender a eficácia dos imunizantes contra a nova variante. Em dezembro, a Sinovac anunciou projeto para a adaptação da CoronaVac e, nesta segunda-feira, 10, a Pfizer anunciou uma nova vacina contra a Ômicron, prevista para ficar pronta em março.
É exatamente nesta linha que a OMS fez uma declaração nesta terça-feira, 11, de que os imunizantes podem precisar ser atualizados para obterem uma eficácia maior diante de um novo contexto. “A composição das vacinas atuais contra a Covid-19 pode precisar ser atualizada, para garantir que as vacinas contra a Covid-19 continuem a fornecer os níveis de proteção recomendados pela OMS contra infecções e doenças por variantes de preocupação, incluindo a Ômicron e variantes futuras”, disse o órgão em comunicado.
+++ Pré-cadastro para vacinar crianças já está disponível, conforme anúncio do Estado de São Paulo
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE DIZ COMO DOSES DE REFORÇO REPETIDAS NÃO É UMA MEDIDA SUSTENTÁVEL
Para a OMS essa seria a opção mais viável, já que a organização considera muitas doses de reforços como uma medida insustentável. O Chile, por exemplo, já começou nesta semana a aplicação da quarta dose para imunossuprimidos acima de 12 anos, como forma de conter o avanço da Ômicron.
“As vacinas da Covid-19 precisam provocar respostas imunes amplas, fortes e duradouras para reduzir a necessidade de doses de reforço sucessivas”, informou a organização. De acordo com especialistas da OMS, um imunizante adaptado poderia ser multivalente, para a eliminação de diversas variantes em uma só vez ou uma vacina específica para a cepa dominante ao redor do mundo.