Estresse causado pela pandemia pode piorar cólicas menstruais; saiba como lidar com o problema

Apesar de desconfortáveis e, em alguns casos, até mesmo debilitantes, cólicas menstruais podem ser amenizadas através de alguns cuidados simples.

Saiba como lidar com as cólicas pioradas pelo estresse da pandemia – Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

As dores causadas pelas cólicas menstruais afetam a maior parte das mulheres em algum momento da vida, causando grande desconforto a ponto de até mesmo impedir que a mulher realize atividades cotidianas.

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E o que já era ruim pode tornar-se ainda pior devido ao momento estressante de pandemia pelo qual estamos passando, pois estudos apontam que altos níveis de estresse podem agravar os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual). “As cólicas menstruais dolorosas, também conhecidas como dismenorreia, acontecem antes do início do ciclo menstrual ou durante os primeiros dias devido a liberação de substâncias conhecidas como prostaglandinas, que provocam contrações causadoras de grande desconforto, além de gerarem um quadro inflamatório no útero”, explica a Dra. Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica GRU.

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“O principal sintoma da dismenorreia é uma dor aguda e intermitente no baixo ventre, que, em alguns casos, pode irradiar para as costas e membros inferiores. Além disso, outros sintomas associados incluem náuseas, vômitos, inchaço e dor de cabeça e nas mamas”, destaca a especialista. Infelizmente, não existem meios para evitar completamente que as cólicas ocorram durante o período menstrual.

Mas a boa notícia é que é possível adotar alguns cuidados para aliviar as dores durante esse momento de isolamento:

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– Verifique a possibilidade de tomar um analgésico: Para acalmar a inflamação e diminuir a dor, verifique com seu médico a possibilidade de tomar anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, medicamentos vendidos sem receita que figuram entre as melhores maneiras de aliviar rapidamente as cólicas menstruais. “Isso porque esses medicamentos bloqueiam a produção de substâncias inflamatórias no corpo, como as prostaglandinas, assim neutralizando o desconforto”, afirma a médica.

– Converse com seu médico sobre pílulas contraceptivas: As pílulas anticoncepcionais podem ser uma boa opção para mulheres que sofrem demais com as cólicas e não estão tentando engravidar. “Os hormônios presentes nas pílulas impedem que os ovários produzam óvulos. Logo, como as mulheres liberam mais prostaglandinas quando ovulam, as pílulas podem ajudar a aliviar a intensidade das cólicas”, recomenda a Dra. Eloisa.

– Realize exercícios durante o ciclo menstrual: Ao sentir dores, a última coisa que queremos fazer é se exercitar. Mas manter-se ativa é uma excelente maneira de reduzir o desconforto das cólicas menstruais.

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“Um dos principais fatores que contribuem para a dor é a contração do útero e, consequentemente, dos vasos sanguíneos, já que diminui o fluxo de sangue na região. Felizmente, a atividade física pode ajudar a resolver o problema, principalmente os exercícios cardiovasculares, como corridas e caminhadas”, aconselha a ginecologista.

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– Aposte nas compressas quentes: Aplicar compressas quentes no abdômen inferior é uma ótima estratégia para combater o desconforto. “Isso porque o calor ajuda o músculo uterino a relaxar, aliviando assim as dores da cólica. Mas, caso você não tenha compressas, fique tranquila. Banhos quentes, chás e até mesmo panos molhados também podem ajudar”, diz a médica.

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No entanto, se a dor debilitante continuar mesmo com todas as dicas acima, é importante conversar com seu ginecologista para verificar se a dor não está relacionada a uma condição ainda mais séria.

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“A endometriose, por exemplo, tem como um de seus sintomas uma dor intensa no baixo ventre que pode ser facilmente confundida com as cólicas menstruais. Por isso, é fundamental que você escute o seu corpo e consulte um ginecologista caso a cólica persista por muito tempo, já que apenas ele poderá realizar um diagnóstico e identificar a verdadeira causa do problema”, finaliza a Dra Eloisa Pinho.

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FONTE: DRA. ELOISA PINHO – Ginecologista e obstetra, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela CETRUS. Parte do corpo clínico da clínica GRU Saúde, a médica é formada pela Universidade de Ribeirão Preto, realiza atendimentos ambulatoriais e procedimentos nos hospitais Cruz Azul e São Cristovão, além de também fazer parte do corpo clínico dos hospitais São Luiz, Pró Matre, Santa Joana e Santa Maria.

 

Editora Viva Saúde