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Covid na gravidez e vitória: mulher comemora nascimento de gêmeos após contaminação pelo vírus

Published 27/06/2022
Covid na gravidez e riscos: mulher comemora nascimento de gêmeos após contaminação pelo vírus

Covid na gravidez e riscos: mulher comemora nascimento de gêmeos após contaminação pelo vírus - Wanessa Scabora / Acervo Pessoal

Os dias de tensão e medo pareciam não ter fim quando a Relações Públicas Wanessa Scabora contraiu a covid-19 na gravidez. Um mês antes duas tias tinham morrido vítimas da doença. Dessa vez, além dela, que seguia os protocolos de tratamento em casa, o pai também ficou doente, assim como a mãe, uma tia e um tio que chegaram a ser internados. “Tempos muito difíceis estamos vivendo, foi preciso muita paciência, fé, introspecção, colaboração da família e um momento de profunda aproximação com Deus”, comentou ela numa Rede Social, um dia antes da mãe receber alta e voltar pra casa, assim como todos os parentes.

Passado o susto, os cuidados contra a Covid foram redobrados e Wanessa curtiu cada momento da gravidez. Cada mês, cada etapa do desenvolvimento da gestação, foi vivido intensamente e registrado nas Redes Sociais. Mas após o parto, um novo momento de apreensão colocou à prova a fé de Wanessa. Foram 16 dias de expectativa e luta pela vida na UTI neonatal, até que finalmente os bebês Theodora e João Pedro se reuniram em casa para alegria da família.

Era o final feliz de uma história que tinha começado 2 anos antes, com o início do tratamento de reprodução. “Sinto medo, me alegro, sou agradecida, me emociono e bate o cansaço. Viver a maternidade é algo grandioso, sublime, desafiador e que exige muita dedicação e doação”, desabafou na época.

Covid na gravidez: idade da paciente aumentou o risco da gravidez

Wanessa Scaroba tinha 36 anos quando começou o tratamento para engravidar. Ela tinha congelado os óvulos e coube ao especialista em Reprodução Humana, Dr. Alfonso Massaguer, da clínica Mãe, a responsabilidade pelo tratamento. Foram dois anos de tentativas até que finalmente a gestação acontecesse. “Foram implantados dois embriões e os dois se desenvolveram”, afirma o médico.

Para o especialista, casos como o de Wanessa mostram que uso das técnicas mais modernas podem resultar em sucesso para as tentantes, até mesmo em casos mais complicados.

Mas o Dr. Alfonso alerta que congelar os óvulos não é sinônimo de gravidez e muitas mulheres não sabem que elas podem estar apostando alto em suas expectativas. “Para que o congelamento de óvulos seja realmente uma boa opção para a extensão da fertilidade, é necessário saber que essa técnica depende de outros fatores como: a idade com a qual você congela e a quantidade de óvulos que você congelou. Por esse motivo, é essencial que a mulher faça um bom planejamento familiar para que ela consiga realmente ter sua gravidez futuramente”, explica.

Wanessa e o marido superaram todas as dificuldades, Theodora e João Pedro estão crescendo fortes e saudáveis, para a alegria de uma família que enfrentou todo tipo de obstáculo para viver momentos tão felizes. “Como é maravilhoso acompanhar o desenvolvimento dos bebês. É um aprendizado diário, repleto de descobertas e regado de alegrias”, completa a mãe de gêmeos.

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Sobre Dr. Alfonso Massaguer – CRM 97.335

É Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e atua em Reprodução Humana há 20 anos. Dr Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida, autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros na Espanha e Canadá.

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