Rejuvenescimento das pálpebras: estudo explica quais técnicas são eficazes e seguras
Laser, plasma e injetáveis são opções não invasivas para o tratamento de flacidez e gordura das pálpebras
Laser, plasma e injetáveis são opções não invasivas para o tratamento de flacidez e gordura das pálpebras
Existem alguns sinais do envelhecimento que podem ser incômodos, mesmo quando sua pele está bem tratada e a toxina botulínica está em dia. Um deles é a queda e o excesso de pele (ou gordura) das pálpebras.
“A região periocular representa um dos elementos que mais chamam a atenção. Mas essa área, que tem pele muito fina, também costuma trazer os primeiros sinais de envelhecimento da face. É exatamente por isso que cresce no mundo a busca pela blefaroplastia, a cirurgia para flacidez de pálpebra – e também por procedimentos não-invasivos para essa região. Mas nem sempre os tratamentos vistos nas redes sociais são confiáveis”, explica o cirurgião plástico Dr. Felipe de Bacco, coordenador do núcleo de cirurgia plástica em face da BAPS.
Um estudo recente pode ajudar nessa tarefa do paciente de realmente saber o que é seguro e eficaz: publicado em março no World Journal of Clinical Cases, a revisão analisou 40 estudos para destacar o que realmente funciona para rejuvenescer a região dos olhos.
“Apesar de analisar técnicas não invasivas que surgiram nos últimos dez anos, o estudo evidencia que para resultados mais sólidos e duradouros, o mais indicado é a cirurgia plástica de blefaroplastia. Mas muitas vezes o médico pode associar técnicas”, acrescenta o coordenador da BAPS.
A blefaroplastia é a cirurgia que trata a forma e o volume das pálpebras superiores e/ou inferiores.
“Esses procedimentos são realizados para amenizar os sinais de envelhecimento que ocorrem nessa região e realçar a estética das pálpebras. O procedimento normalmente envolve o tratamento do excesso de pele palpebral, flacidez palpebral, ptose, septo orbital e gordura orbital. Blefaroplastias envolvem uma combinação de técnicas, aplicadas conforme a necessidade de cada paciente: remoção de pele e gordura, remodelamento (transposição) da gordura periorbirtária, reposicionamento de tecidos e enxertos de gordura”, diz o cirurgião plástico.
A cirurgia pode ser realizada por razões estéticas e/ou reconstrutivas em momentos diferentes ou, às vezes, durante a mesma operação. A revisão avaliou o poder dos lasers (e tecnologias), do plasma e de injetáveis para tratar a região dos olhos.
Laser – Excesso de pele e perda de elasticidade são dois problemas simultâneos que ocorrem com o envelhecimento da pele. O estudo afirma que o tratamento a laser é uma opção interessante para lidar com essas alterações das pálpebras.
“O objetivo do tratamento a laser é garantir uma contração da pele, o que pode dar origem a uma aparência mais lisa e tonificada”, diz o trabalho. Os tratamentos a laser também podem ser usados para completar e aprimorar os procedimentos cirúrgicos de blefaroplastia, segundo a BAPS.
“Esse tratamento complementar deve ser feito com indicação do médico para trazer um melhor resultado estético, uma vez que o laser pode melhorar a qualidade da pele e ajudar a estimular proteínas de sustentação, como o colágeno”, diz o coordenador da BAPS. No entanto, esse procedimento tem resultados limitados segundo a revisão, podendo ser usado em casos leves e moderados de flacidez de pele da região palpebral.
Plasma – Essa é uma modalidade recente, que foi até apelidada de “blefaroplasma”.
“Consiste em uma ponteira que produz energia ionizada e causa aquecimento superficial dos tecidos sem contato direto. Um dano térmico controlado e limitado transforma o tecido induzindo uma coagulação leve, resultando em aumento da produção de colágeno e contração da pele”, diz o Dr. Felipe.
Segundo a revisão, a tecnologia de plasma é considerada uma opção não cirúrgica segura e eficiente. A tecnologia é indicada, também, para casos leves e moderados, com bons resultados, de acordo com o trabalho científico.
Injetáveis – Um dos tratamentos que o estudo analisou é o famoso preenchimento com ácido hialurônico, indicado para o rejuvenescimento da área periorbital – e também nas olheiras profundas.
“Houve uma mudança de paradigma nas últimas duas décadas neste campo da medicina estética, considerando que a perda de volume tem sido reconhecida como uma das principais causas do envelhecimento facial e periorbitário, determinando esvaziamento simétrico ou assimétrico, excesso de pálpebra superior à mostra e flacidez de pele palpebral. Como resultado, a restauração de volume tornou-se uma abordagem preferida para alcançar resultados de rejuvenescimento natural”, destaca o Dr. Felipe.
O que escolher, afinal?
A BAPS reforça que existem inúmeros métodos, técnicas e ferramentas disponíveis atualmente, que podem proporcionar melhorias em casos leves e moderados; no entanto, a associação enfatiza que a cirurgia tende a ser a primeira escolha para proporcionar resultados previsíveis, consistentes e de longo prazo.
“Consulte um médico cirurgião plástico para avaliar o caso e definir a melhor indicação do procedimento a ser feito”, finaliza o coordenador da BAPS.