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Confira 3 avanços esperados no tratamento da insuficiência renal

Insuficiência renal crônica afeta mais de 10% da população mundial, mas aumenta substancialmente em indivíduos com mais de 64 anos

Confira 3 avanços esperados no tratamento da insuficiência renal
Confira 3 avanços esperados no tratamento da insuficiência renal – Foto: Freepik

Na medida em que aumenta no mundo a incidência da insuficiência renal crônica, cresce também o interesse para o desenvolvimento de técnicas para diagnóstico e tratamento da doença. De acordo com o National Center for Biotechnology Information, 10% da população mundial, mais de 800 milhões de pessoas, sofrem com insuficiência renal crônica.

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“O aumento da incidência da doença é impulsionado principalmente pela alta prevalência de comorbidades que lesam os rins, como obesidade, hipertensão e diabetes. Além disso, populações mais idosas tendem a sofrer mais com esse problema, quando a incidência aumenta para 46% dos indivíduos acima dos 64 anos”, explica a Dra. Caroline Reigada, médica nefrologista.

3 avanços esperados no tratamento da insuficiência renal

A Global Market Insights projeta que o tamanho do mercado de diálise deve saltar de US$ 95 bilhões em 2022 para US$ 153 bi em 2032, impulsionado pelo aumento de pacientes.

“É esperado o desenvolvimento de técnicas farmacológicas inovadoras, terapias regenerativas para tecidos renais e um incremento da inteligência artificial na ajuda do diagnóstico precoce de lesões nos rins”, espera a médica.

As causas – A doença renal crônica (ou antes denominada insuficiência renal crônica) é caracteristicamente progressiva. “Ou seja, não há retorno para uma função renal adequada, podendo inclusive chegar ao último grau de disfunção dos rins (que é o grau 5), aquele em que somente a diálise ou o transplante podem salvar a vida do paciente. Neste caso, no Brasil, a doença mais prevalente que vai destruindo as funções dos rins é a hipertensão arterial sistêmica (pressão alta)”, diz a médica.

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Silenciosa, a hipertensão não dá sintomas, e o diagnóstico precisa ser realizado o quanto antes, através da medição da pressão arterial acima de 140x90mmHg. “Nos Estados Unidos, esta medida é ainda mais conservadora – lá, se você tiver pressão acima de 130x80mmHg, já deveria iniciar o tratamento para hipertensão”, explica a nefrologista.

A segunda doença mais importante que deteriora os rins é a diabetes. “Quando esta doença não é controlada, ou seja, não são atingidos os níveis de glicose ideais, os rins são sobrecarregados e, a longo prazo, excretam proteínas que não deveríamos eliminar. Isso pode acarretar na doença renal crônica terminal (estágio 5), e o paciente precisará, assim, iniciar um programa de substituição da função renal, como a diálise”, conta a médica especialista.

O que é esperado – Segundo a nefrologista, existem muitas pesquisas que procuram desenvolver terapias-alvo para melhorar o prognóstico da doença, além de facilitar o diagnóstico. Entre os avanços esperados, estão:

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Terapias farmacológicas inovadoras: “Novas drogas e medicamentos estão sendo administrados para tratar doenças renais, como inibidores de enzimas específicas, agentes anti-inflamatórios e imunossupressores mais eficazes”, diz a médica. Esses avanços buscam melhorar os resultados do tratamento, retardar a progressão da doença renal e reduzir as complicações.

Terapias regenerativas: “A pesquisa em terapias regenerativas tem como objetivo desenvolver técnicas para regenerar ou reparar tecidos renais danificados. Isso inclui o uso de células-tronco, engenharia tecidual e bioimpressão 3D para criar novos tecidos renais saudáveis”, comenta.

Inteligência artificial e aprendizado de máquina: O uso de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina na área de Nefrologista também ganhará destaque nos próximos anos. “Essas tecnologias podem ajudar na detecção precoce de doenças renais, análise de dados médicos e genômicos, previsão de riscos e desenvolvimento de tratamentos personalizados. Além disso, a IA pode auxiliar na interpretação de imagens de exames renais, como ultrassonografias e ressonâncias magnéticas, para diagnóstico mais preciso e rápido”, diz a médica nefrologista.

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Como é o tratamento hoje – Atualmente, a insuficiência renal pode ser tratada com medicamentos e controle da dieta. “Nos casos mais extremos pode ser necessária a realização de diálise ou transplante renal, como forma definitiva de substituição da função renal. Nesse caso, alguns pacientes permanecem com os rins transplantados funcionando por vários anos (mais de 10 anos), mas em alguns casos o tempo de duração de funcionamento do órgão não é tão longa”, finaliza a médica.