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Válvulas de escape e ferramentas-chaves positivas para passarmos por momentos difíceis, como a pandemia, sem pirar

Autor do livro ‘Resiliência: O poder de dar a volta por cima’, Cleo Holanda ensina que é importante ACEITAR momentos de dificuldade; entenda o porquê

Ferramentas-chave para superar os momentos mais difíceis da vida, com Cleo Holanda – Freepik

A pandemia, junto com o distanciamento social, o medo, a insegurança e tantos outros sentimentos difíceis de encarar, já se alongou para mais de um ano e especialistas reforçam, cada vez mais, a importância de ter a “saúde mental em dia” para superar essa fase.

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Com a chegada da vacina, a esperança de que isso logo terá fim tomou conta de muitos corações, mas a preocupação ainda é visível em muitos olhares. É preciso cuidar disso para não adoecer a mente e, consequentemente, o corpo físico.

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Mas que tipo de cuidado é preciso ter? Como é possível tornar o momento menos doloroso? 

Convidamos o psicólogo Cleo Holanda, autor do livro ‘Resiliência: O poder de dar a volta por cima‘ para falar sobre algumas técnicas e válvulas de escape que podem ser usadas.

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Confira o bate-papo: 

1.      O que são as válvulas de escape e as ferramentas-chaves?

Diante desse momento tão difícil, onde nosso dia a dia foi afetado, uma das ferramentas importantes para evitar a ansiedade é a elaboração de uma rotina, ter uma agenda (metas diárias, curto, médio e longo prazo), manter uma atividade física e distração (dentro dos protocolos de segurança). Neste momento, não é pertinente mudanças abruptas comportamentais, pois podem acarretar problemas emocionais.

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2.      De que forma podemos usá-las para passar por momento difíceis?

As ferramentas citadas acima são algumas dicas que colocadas em prática poderão ajudar na regulação emocional, assim como, na produção de bem-estar e satisfação, pois um dos grandes desafios pandêmicos é saber lidar com as ativações emocionais e as novas mudanças do nosso dia a dia.

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3.      Os índices de depressão e ansiedade aumentaram muito nos últimos tempos… A que isso se deve, apenas à pandemia?

Essa afirmativa é verdadeira, mas se olharmos com uma perspectiva mais profunda perceberemos que muitas pessoas já estavam “à beira” da depressão e um quadro forte de ansiedade, se deve pela pouca prioridade que as pessoas dão a si mesmas, no trato de sua saúde mental, assim como, um ativismo violento em relação aos seus objetivos. Este momento, pode servir como um divisor de águas para que possamos ter um olhar um pouco maior de autocompaixão para conosco.

4.      Como podemos driblar esses sentimentos que nos prejudicam tanto?

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 “Driblar, rejeitar, não aceitar”, tudo isso não resolve absolutamente nada. Um exemplo clássico é a ansiedade, pois quanto mais lutamos contra ela, mas ela nos afunda. O nosso desafio é compreendermos que não devemos resignar (passividade) emoções e sim aceitá-las, e entendermos que essas emoções não são nossas “inimigas” e que sim, possuem funções que nos ajudam a vivermos melhor, se de fato usarmos corretamente.

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5.      Será possível recuperar a saúde mental que tínhamos antes da pandemia?

Será que de fato tínhamos? Porém, o mais importante, como abordado acima, é o desenvolvimento de um olhar de acolhimento a si próprio e um investimento no autocuidado, para que possamos, neste período, desenvolver ferramentas que levaremos para toda uma vida e que são extremamente importantes para nosso sucesso, como resiliência, otimismo, esperança e autoeficacia.


Cleo Holanda é um apaixonado pelo estudo da alma humana. Psicólogo clínico e do esporte, pós-graduado em Psicologia Positiva, Terapia Cognitiva Comportamental e Psicologia do Esporte, dedicou-se ao estudo das patologias mentais, como: ansiedade, depressão, dependência emocional, relacionamentos abusivos, relacionamentos conjugais e outros. Conhecido por atender famosos e atletas, entre eles: a ex- paquita Ana Paula Almeida, a cantora Perlla, Any (de férias com ex), Patricia Ramos, Luane Dias (Fazenda), Jonathan Couto (Família Pôncio), Réver (Atlético – MG) e Allan (Everton – Inglaterra).