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Memória celular é aliada na retomada do condicionamento físico pré-pandemia

Com as liberações das atividades ao ar livre e a volta das academias, muitas pessoas estão voltando ao condicionamento pré-pandemia

Condicionamento físico – Pixabay

Durante os meses de isolamento social mais rígido, com academias e ambientes esportivos fechados, foi mais difícil manter a prática regular de atividade física e inevitavelmente surgiram mudanças corporais, como a perda muscular.

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A boa notícia, segundo o ortopedista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marcelo Kohara, é que é possível retomar ao condicionamento pré-pandemia, com cuidados.

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Neste processo de recuperação da forma física, a memória celular entra como grande aliada. Segundo o médico, o termo está relacionado às condições de grupos musculares de recompor suas fibras, assim como produzir novas células com velocidade.

Pessoas que já tinham uma rotina de treino, mesmo após um tempo paradas, ativam essa memória celular quando retomam os exercícios e conquistam benefícios em relação a quem sempre foi sedentário”, explica.
 
O benefício não é restrito apenas a quem já se exercitava antes da pandemia. Todos aqueles que em algum dia, mesmo na infância, já praticaram atividade física, contam com o privilégio. “Não importa quando foi realizado esse treino- mesmo que você tenha praticado natação na infância, por exemplo –  os grupos musculares terão essa memória e o paciente com toda certeza se valerá dessa vantagem quando retomar a rotina de treinos”, esclarece.
 
Até mesmo na terceira idade é possível usar esse artifício do organismo. O especialista apenas alerta a outros fatores que podem influenciar na conquista dos efeitos. “Os idosos não perdem essa memória, mas por conta de outros motivos que classificamos como fragilidade óssea ou muscular, perda equilíbrio ou de força, é preciso maior atenção no momento do exercício”, lembra Kohara. “Ainda assim, vale a pena a prática: um idoso ativo tem menor risco de queda, mais equilíbrio e maior chance de longevidade”, complementa.

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Para quem nunca praticou atividade física, o ortopedista tranquiliza sobre o condicionamento físico e enfatiza que nunca é tarde para aprender. “Na segunda tentativa de prática da atividade já temos uma progressão. Com ritmo e velocidade saudável, o músculo é estimulado e desenvolve a tão desejada memória celular”, finaliza.  
 
– Como retomar de forma segura:
 
Independentemente da idade é preciso atenção neste momento de retomada dos exercícios e dos treinos. De acordo com Marcelo Kohara, é preciso ter entendimento que, durante o período mais sedentário, houve perda muscular e de condicionamento físico. Por isso, é preciso cuidado.
 
– Não tente voltar no mesmo nível de antes da pandemia. Contente-se com um nível menor no início
 
– A dor deve ser um sinal de alerta. 
 
– Lembre-se que  3 a 6 semanas são necessárias como período de adaptação à retomada da atividade física. Opte por um treino menos intenso do que fazia antes
 
– Volte de forma gradual para evitar lesões