Contraceptivos não são usados mais para evitar gravidez e sim para adiá-la

Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio revelaram que, atualmente, o uso de contraceptivos tem uma nova função: adiar, e não impedir, a gestação.

De acordo com o levantamento, entre 85% a 90% dos dados analisados as mulheres que fazem o uso do método estão apenas querendo adiar um possível gestação. Enquanto os outros 10 a 15% estão realmente querendo evitá-las, de fato.

Para eles, então, esse resultado revela algo que está sendo chamado de “revolução contraceptiva”. Isso seria um fenômeno desde 1960, com a introdução do DIU e da pílula anticoncepcional. “A revolução é possibilitar às mulheres que elas possam realizar o que querem com a ajuda dos métodos contraceptivos e tenham sucesso em controlar quando e quantos filhos querem ter”, afirma John Casterline, um dos autores do estudo.

Contraceptivos são a melhor forma para adiar, e não impedir, uma gestação?

Dr. Nilo Frantz, especialista em reprodução humana, afirma que outro método mais efetivo também pode ser utilizado para adiar uma gravidez. “O congelamento de óvulos é uma técnica de preservação dos óvulos, um tratamento para postergar a possibilidade de ter filhos e pode ser feito a partir dos 30 anos”, explica.

O fator principal, então, é o fato de que o óvulo continua “jovem”, diferente de quando se faz o uso de contraceptivos, já que eles continuam a envelhecer junto com a mulher. “A probabilidade de ocorrer a gravidez dos óvulos congelados atualmente são as mesmas que os óvulos frescos”, indica. No entanto, ele destaca: “É importante dizer que a taxa de sucesso de uma gestação relaciona-se diretamente à idade da mulher no momento em que se congelar seus óvulos”.

O doutor, por fim, indica que em todos os casos é necessário o acompanhamento médico, para que todos os procedimentos sejam realizados e o resultado seja sempre o esperado.