Fatores emocionais: Como relacioná-los a causas de dores?
O período de isolamento social interferiu bastante na saúde mental e isso pode ter diversos reflexos no corpo
O período de isolamento social interferiu bastante na saúde mental e isso pode ter diversos reflexos no corpo
Cada pessoa é única e traz dentro dela cargas emocionais que podem refletir diretamente nos movimentos e sensações do seu corpo, sabia?
O personal trainer Samorai, especialista em movimentos, explicou que a solução de muitos problemas vem com a evolução tridimensional corpo, mente e espírito e essa relação faz toda a diferença nos processos de reabilitação das pessoas.
Segundo ele, esses fatores emocionais se refletem em qualquer âmbito. Uma pessoa deprimida caminha de um jeito, tem postura mais fechada, mecanicamente falando, encolhe os ombros forçando muito a base da coluna, fazendo-a sentir mais dores nas costas. Já, uma pessoa superconfiante caminha de outro jeito.
Muitas vezes, o medo vai gerar uma postura de fragilidade, fechamento e isso pode se manifestar em dor em algum outro lugar do corpo.
“Se posso dizer que mecanicamente os corpos se alteram a partir de estados emocionais, também posso assumir a mesma posição de que uma coisa interfere na outra. E interfere tanto para o bem como para o mal. Assim como o lado emocional muda o mecânico, essa postura também pode mudar o que sentimos”, disse o personal trainer.
Ele citou o exemplo dos esportes como o Jiu Jitsu, em que pessoas muito tímidas ou medrosas começam a partir do desenvolvimento de uma técnica de luta e passam a ser mais confiantes, seguras e corajosas.
DESAFIOS
Além disso, o especialista reforçou que toda vez que há uma atividade desafiadora e, ela é realizada por completo, o sentimento de vitória é experimentado. Isso faz com que haja um crescimento emocional, a sensação de ser mais capaz.
E, a atividade precisa ser desafiadora no quesito físico, mental ou emocional. Mas quando há uma combinação desses elementos, esses sentimentos bons aparecem mais. São vitórias em todos os âmbitos da vida. “O meu trabalho não é exatamente interferir nos fatores emocionais, mas levá-los em consideração. A partir disso, melhorar o físico passa a ser um trabalho bem mais tranquilo”, afirmou ele.
Também, ficou claro durante esse período de pandemia, com isolamento social, um adoecimento mental, com muitas pessoas deprimidas, com problemas de compulsão alimentar, ansiosas e com dores nas costas.
“Quando a pessoa escolhe uma atividade para fazer, ela precisa sentir prazer em realizá-la. É muito importante que a gente mantenha a saúde mental em dia, corpo são e mente sã. Quando um desses pilares é abalado, corpo, mente ou espírito, vai comprometer os outros. Somos uma corrente, um sistema integrado”, completou Samorai.