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Monkeypox, alergia, herpes ou picada de inseto? Saiba diferenciar os sintomas e erupções na pele

Published 10/08/2022
Monkeypox, alergia, herpes ou picada de inseto? Saiba diferenciar as irritações na pele

Monkeypox, alergia, herpes ou picada de inseto? Saiba diferenciar as irritações na pele - FREEPIK/ pch.vector

Alergias, picada de insetos e até Herpes-zoster, todas essas condições causam irritações na pele que podem se assemelhar às lesões causadas pela Monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos.

À Viva Saúde, a Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica a diferença entre cada uma dessas inflamações e reforça outros sintomas que merecem atenção.

Monkeypox? Saiba diferenciar as irritações na pele

A médica fala que, na varíola dos macacos, além das lesões na pele, alguns sintomas similares à gripe como cansaço, mal-estar geral e febre aparecem junto com o inchaço dos nódulos linfáticos. Em seguida, as erupções na pele começam vermelhas e sem volume, depois ganham volume e bolhas, antes de formarem as cascas.

“Os nódulos e caroços vermelhos, comuns da varíola dos macacos, formam bolhas com um fluido esbranquiçado parecido com pus que, posteriormente, formam cascas. Como podem ser confundidas com a catapora, alergias ou picadas, por exemplo, vale o alerta para identificar as lesões”, fala a médica.

Por onde começam as erupções?

Uma das diferenças é que as erupções causadas pela varíola dos macacos, normalmente, começam no rosto e depois se espalham pelos braços e pernas, mãos e pés, além do tronco corporal. “Por isso que qualquer alteração incomum ou lesões da pele, especialmente na área genital, precisa ser rapidamente investigada”, alerta a especialista.

Como é difícil diferenciar os diversos tipos de erupções, Dra. Adriana deixa algumas lesões de pele comuns listadas abaixo para saber identificar cada uma delas.

Lesões comuns que podem aparecer na pele e como elas surgem

Alergia/urticária: são erupções vermelhas, que causam ardência e coceira e aparecem ou pela ingestão de certos alimentos ou o contato com certas plantas, substâncias químicas ou remédios.

Catapora: são irritações que coçam muito e passam por estágios similares à varíola dos macacos. Uma das características da catapora é apresentar lesões em vários estágios: bolinhas vermelhas, bolhas e lesões com crosta ao mesmo tempo. Vale ressaltar que é possível ter catapora mais de uma vez na vida.

• Herpes-zóster: é a reativação do vírus da varicela, que também causa erupções e podem aparecer na forma de bolhas dolorosas.

Sarna: causam coceiras e vermelhidão e as erupções podem surgir em qualquer parte do corpo. Apesar de não ser grave, a sarna é muito contagiosa e precisa de tratamento.

• Picadas de insetos: as lesões são vermelhas, causam coceira e muitas vezes encontram-se alinhadas ou em grupos.

DSTS: as mais comuns são a sífilis e a herpes genital. Em ambas, a lesão primária é uma úlcera. Na fase secundária são manchas acastanhadas ou avermelhadas. É importante fazer exames e começar o tratamento o mais rápido possível.

• Síndrome mão-pé-boca: é uma infecção viral transmitida pela tosse e por espirros, além de objetos contaminados, como talheres. A síndrome causa sintomas similares à gripe, além de feridas na boca e erupções vermelhas na palma das mãos e na sola dos pés, mas que, normalmente, cura-se sozinha.

ATENÇÃO AOS PRIMEIROS SINAIS

A médica ressalta ainda que, aos primeiros sinais suspeitos de sintomas de gripe, aliados a pústulas na pele de forma aguda e acompanhada por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, podendo chegar a 21 dias. O órgão ainda alerta que os casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas.

Lembrando que a transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo.

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Dra. Adriana Vilarinho

Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da AAD – Academia Americana de Dermatologia. CREMESP 78.300/ RQE — SP 27.614

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