A malária é uma doença que chama muito a atenção das autoridades de saúde, mas com os esforços concentrados para o combate da pandemia do novo coronavírus, o quadro da malária no mundo se tornou preocupante. Os dados do Relatório Mundial sobre Malária, da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta segunda-feira, 06, mostram o crescimento do número de óbitos e casos da doença.
Em 2020, foram registradas 69 mil mortes a mais em comparação com o ano anterior. Ao todo, foram 627 mil casos fatais pela doença. E o impacto desse cenário foi mais sentido na África, principalmente nas regiões mais pobres do continente, em que a maioria das vítimas foram bebês.
Estamos no final de 2021, mas para entender a gravidade da situação pode-se observar os índices de 2017: neste ano, as mortes por malária chegaram a 435 mil, conforme a OMS, que já afirmava como o continente africano já carregava uma porção “desproporcionalmente alta da carga global de malária”, com 93% de óbitos pela doença.
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PIOR CENÁRIO DE MALÁRIA FOI EVITADO
Voltando para 2020, o número de casos foi de 241 milhões, cerca de 14 milhões a mais do que em 2019, conforme o relatório. A OMS chegou até mesmo a alertar sobre a possibilidade dos índices dobrarem, mas a informação positiva em meio a esse quadro é que isso não aconteceu.
“Graças a esforços urgentes e extenuantes, podemos afirmar que o mundo conseguiu evitar o pior cenário de mortes por malária”, disse o diretor do programa global de malária da OMS, Pedro Alonso. O relatório aponta que os diagnósticos, tratamentos e métodos de prevenção foram mais interrompidos por conta das medidas de restrição contra a Covid-19.
MALÁRIA: O QUE É?
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a malária é transmitida pela picada de mosquitos fêmeas do gênero Anopheles, consideradas vetores por estarem infectadas por parasitas do grupo Plasmodium.