O mundo do humor recebeu uma triste notícia no dia 03 de outubro com a morte do ator Caike Luna, de 42 anos. Ele interpretou o personagem Cleitom no programa Zorra Total e, desde abril deste ano, Caike tratava um linfoma não-Hodgkin (LNH).
Esse foi o mesmo linfoma tratado pelo ator Reynaldo Gianecchini pela ex-presidente Dilma Rousseff. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que o linfoma não-Hodgkin atingiu cerca de 12 mil brasileiros em 2020 e levou à morte de quase 5 mil.
“O linfoma não-Hodgkin é um nome genérico para uma série de neoplasias do sistema de defesa do corpo”, explica o cirurgião da cabeça e do pescoço, Dr. Murilo Neves. Ele também diz que esse grupo maligno é um câncer do sangue, ou seja, hematológico, em que várias células podem ser acometidas. “Essas diversas células causam tumores semelhantes, em linhas gerais, porém com comportamentos discretamente diferentes em termos de agressividade e sintomas”.
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Esse câncer pode atingir todas as faixas etárias, mas o Dr. Murilo Neves aponta alguns fatores de risco para o desenvolvimento do linfoma:
- Histórico familiar de pacientes com linfoma;
- Se o paciente já teve um linfoma;
- Histórico de radioterapia;
- Imunossuprimidos (como transplantados e pessoas com HIV);
Em relação aos sintomas, o cirurgião fala que “eles são dependentes do local onde eles aparecem“. No entanto, alguns sinais comuns podem ter uma relação com a condição. Embora não seja uma característica determinante, o Dr. Murilo comenta que “os linfonodos costumam aumentar, geralmente indolor” em que, geralmente, costumam aparecer na região da boca e do pescoço, com o “aumento da amídala, principalmente um aumento assimétrico, e das ínguas no pescoço”.
Caso o linfoma realmente esteja afetando o organismo, a pessoa pode apresentar uma “perda de peso não intencional, febre no final do dia e sudorese”, além de coceiras e manchas no corpo.
Após a suspeita clínica, a biópsia é o que irá oficializar o diagnóstico. “Geralmente envolve a retirada de um gânglio ou de um fragmento do tecido onde o linfoma está”, explica o cirurgião. Esse procedimento é feito também por conta dos diferentes tipos de linfomas, e cada um tem um tratamento específico. “Pode ser necessário uma biópsia da medula do osso para confirmar o grau de extensão da doença e, muitas vezes, exames de imagem”.
TRATAMENTOS
O Dr. Murilo lembra que tudo vai depender muito do nível de avanço da doença e também dos subtipos do linfoma não-Hodgkin, em que a agressividade irá mudar de acordo com os gêneros. Mas, no geral, o médico diz que os tratamentos envolvem:
- Quimioterapia;
- Radioterapia;
- Imunoterapia;
- Transplante de medula óssea, principalmente nos casos mais agressivos;
É importante destacar que um médico deve ser procurado para fazer o diagnóstico preciso e orientar o paciente durante todo o procedimento.