Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Queensland, na Austrália, revelou um cenário preocupante em relação ao número de diagnósticos de pessoas com Alzheimer no Brasil.
Em um artigo publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, os pesquisadores fizeram observações de uma pesquisa domiciliar do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) realizada em 2015 e 2016 que mostrou um aumento exponencial na taxa de mortalidade de doenças relacionadas a demências no país.
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Segundo os dados coletados, em trinta anos, a proporção de pessoas com demência e a taxa de mortalidade associada a essa condição aumentou em mais de duas vezes no Brasil. Pesquisadores preveem que, se medidas de prevenção não forem tomadas, até 2050 a doença de Alzheimer, responsável por sete em dez casos de demência, pode quadruplicar na população brasileira.
Como foi feito o estudo
A pesquisa aplicou um questionário em 9.412 adultos a partir de 50 anos, contemplando perguntas relacionadas a posicionamentos sociodemográficos, como sexo, etnia, renda e nível de educação. Havia também perguntas sobre questões de saúde e comportamentais como a qualidade do sono e o nível de interação social.
Os cientistas das universidades citadas avaliaram as respostas e constataram que a proporção de pessoas com Alzheimer no Brasil aumentou 127% em três décadas.