Episódios diários de racismo, desde ser alvo de preconceito até assistir a casos de violência sofridos por outras pessoas da mesma raça, têm um efeito às vezes “invisível”, mas duradouro e cruel sobre a saúde, o corpo e o cérebro de crianças.
A conclusão é do Centro de Desenvolvimento Infantil da Universidade de Harvard, que compilou estudos documentando como a vivência cotidiana do racismo estrutural, de suas formas mais escancaradas às mais sutis ou ao acesso pior a serviços públicos, impacta “o aprendizado, o comportamento, a saúde física e mental” infantil.
E, no longo prazo, isso resulta em custos bilionários adicionais em saúde, na perpetuação das disparidades raciais e em mais dificuldades para grande parcela da população em atingir seu pleno potencial humano e capacidade produtiva.
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Confira quatro impactos do ciclo vicioso do racismo, segundo o documento de Harvard:
Mais chance de doenças crônicas ao longo da vida: Essa exposição ao estresse tóxico é um dos fatores que ajudam a explicar diferenças raciais na incidência de doenças crônicas.
Disparidades na saúde e na educação: Os problemas descritos acima são potencializados pelo menor acesso aos serviços públicos de saúde, apontou Harvard.
Corpo em estado de alerta constante: O racismo e a violência dentro da comunidade (e a ausência de apoio para lidar com isso) estão entre o que Harvard chamou de “experiências adversas na infância”.
Passar constantemente por essas experiências faz com que o cérebro se mantenha em estado constante de alerta, provocando o chamado “estresse tóxico”.
Cuidadores mais fragilizados e ‘racismo indireto’: Os efeitos do estresse não se limitam às crianças: se estendem também aos pais e responsáveis por elas —e, como em um efeito bumerangue, voltam a afetar as crianças indiretamente.