O Brasil antingiu, nesta semana, a triste marca de 10 milhões de casos confirmados, com mais de 200 mil mortes, e infelizmente, os números não são otimistas.
Mesmo com a campanha de vacinação, o ritmo é muito lento para que a pandemia seja controlada, fazendo com que autoridades e estudiosos já comecem a colocar o novo coronavírus no mesmo grupo de doenças como dengue e gripe (influenza).
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Isso porque, segundo eles, mesmo que a OMS decrete o final da pandemia, o país tupininquim ainda vai estar longe de ter uma situação controlada com o coronavírus, tendo ainda números alarmantes.
Assim, o novo coronavírus teria potencial de se tornar uma doença endêmica, ou seja, que há uma recorrência de casos, como é, por exemplo a dengue e a gripe do tipo influenza.
O médico epidemiologista Guilherme Werneck, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IMS/Uerj), em entrevista para a BBC Brasil, falou alguns dos motivos para que isso aconteça: “Começando pelas ações de contrainformação do governo federal, questionando a efetividade de máscaras, vacinas e do distanciamento social, e estimulando o uso de medicamentos ineficazes para prevenção e tratamento da Covid-19. É possível, embora ainda num horizonte distante, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declare o fim da pandemia, mas o Brasil continue tendo que lidar com níveis inaceitáveis de transmissão“.