Você já ouviu falar da oneomania? Muitas vezes pode ser vista como brincadeira pela ridicularização do centro do problema – as compras -, mas essa doença realmente é um assunto sério.
Esta condição tem como principal característica o fato do paciente comprar indiscriminadamente e compulsivamente coisas que muitas vezes não são necessárias. Com isso, ele foca no processo de consumir, e não no que está sendo consumido.
Segundo a psicóloga Marisa de Abreu no canal de Youtube Psicólogos em São Paulo, esse problema, que atinge principalmente o gênero feminino – quatro mulheres para cada homem com a doença – se dá de forma descontrolada. O consumidor, neste caso, sente um impulso comportamental, nega as suas consequências e não consegue controlar esse comportamento.
Também, de acordo com o livro “Compulsive Buying: A Phenomenological Exploration. Journal of Consumer Research”, resultados de pesquisas indicam que as pessoas que compram compulsivamente costumam ter baixa autoestima e são mais propensas a fantasias.
Além disso, quem sofre com a oneomania pode usar de racionalizações para justificar compras excessivas como: recompensas por algo que se conquistou, ou se perdeu, ou ainda uma compensação por um dia “ruim” ou simplesmente porque “merece”, buscando sempre o sentimento de felicidade.
PAPEL DO PROFISSIONAL NA VIDA DO PACIENTE
O papel dos psicólogos nessa doença é auxiliar na diminuição do sofrimento individual causado pelo problema, mas também produzir conhecimentos e intervenções que abram espaços para as pessoas refletirem e, assim, descobrirem as condições que as levam para esse vício.
Lembrando que se você se identificar com algumas características dessa doença, é muito importante procurar um especialista.