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”Fala-se muito pouco da pessoa com deficiência”, defende apresentador e cadeirante Fernando Fernandes

Published 27/04/2022
Fernando Fernandes, durante gravações do 'No Limite'

Fernando Fernandes, durante gravações do 'No Limite' — Foto: Globo/Fábio Rocha

O comandante do No Limite 2022, Fernando Fernandes, apresentou os participantes da nova edição do programa nesta terça-feira, 26, pouco antes da final do BBB22, e demonstrou animação em seu novo desafio.

Ex-participante do Big Brother Brasil 2, Fernando sofreu um acidente grave de carro em 2009, ficou paraplégico, mas nunca deixou que sua nova condição o abalasse. Atleta profissional, tetracampeão de paracanoagem e apaixonado por esportes, ele provou que deficiência não é invalidez, como muitos pensam.

À frente do No Limite 2022, que tem data de estreia prevista para 3 de maio, ele vem demonstrar sua força e representatividade e desmistificar a imagem da pessoa com deficiência.

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FERNANDO FERNANDES FALA SOBRE IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE NA TV

Em coletiva de imprensa, Fernando Fernandes defendeu que um cadeirante liderar um programa na TV aberta tem uma representatividade “fundamental e necessária”. Ele ainda fez questão de dizer que, apesar disso, tem tratado tudo com naturalidade dentro do novo desafio, pois sabe que não foi escolhido por sua condição e, sim, por sua competência.

“Se eu tô aqui a cadeira de rodas não é a razão. É pelo atleta que sou, pela pessoa que sou, e como lido com a cadeira de rodas. Isso foi importante para conquistar esse espaço. Quando um cadeirante assume uma posição com responsabilidade tão grande, é pra mostrar como [esse público] é esquecido, colocado em segundo plano… Fala-se muito pouco da pessoa com deficiência”, expôs.

E feliz com a oportunidade de mostrar a inclusão social para tantos telespectadores ao mesmo tempo, o comunicador concluiu: “Quando a gente fala de inclusão social, é quando a gente ocupa espaços onde geralmente não estamos… A gente [no No Limite] tá lidando de forma natural por que eu lido de forma natural, para ser desmistificado, para que seja visto com outros olhos. Muita gente liga a pessoa com deficiência a incapacidade, a invalidez. Com certeza esse é o momento de muita importância pelo que a gente vai realizar”.

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