O que é hantavírus, que matou a esposa de Gene Hackman?

A doença é transmitida pelo contato com roedores ou com sua urina ou fezes. No entanto, não é transmitida entre pessoas; saiba mais sobre os sintomas e como prevenir

hantavírus
Gene Hackman e a esposa, Betsy, que foi vítima de hantavírus – Reprodução

A causa da morte de Betsy Arakawa, esposa do ator Gene Hackman, foi  uma infecção por hantavírus. A informação foi dada por autoridades do Novo México e deixou muita gente curiosa a respeito do assunto. O que se sabe até o momento é que Betsy morreu primeiro, talvez em 11 de fevereiro. Era ela a responsável pelos cuidados com o marido, de 95 anos, que tinha Alzheimer avançado. Acredita-se que ele tenha morrido uma semana depois, em 18 de fevereiro.

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O que se sabe sobre hantavírus ou ‘hantavirose’?

O hantavírus é transmitido pelo contato com roedores ou com sua urina ou fezes. No entanto, ele não se transmite entre pessoas e pode ser encontrado em todo o mundo. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), o vírus pode causar uma infecção pulmonar grave e por vezes fatal chamada síndrome pulmonar por hantavírus. Após um surto em 1993 na região de Four Corners, autoridades começaram a monitorar o vírus. Este local fica na fronteira do Arizona, Colorado, Novo México e Utah.

Os sintomas são: fadiga, febre e dores musculares. Aparecem  depois de uma a oito semanas de contágio. Posteriormente, com o avanço da doença, os sintomas podem incluir também tosse, falta de ar e aperto no peito, enquanto os pulmões se enchem de líquido. Por fim, Cerca de um terço das pessoas que desenvolvem sintomas respiratórios da doença podem morrer.

Para evitar o contágio, o ideal é  minimizar o contato com roedores e seus dejetos. Os ambientes devem estar sempre limpos e arejados.“Não existe tratamento específico com antivirais para as infecções por hantavírus. O tratamento consiste fundamentalmente com medidas terapêuticas de suporte à vida do indivíduo e de acordo com a fase da doença”, explica ao site Metrópoles a infectologista Tânia Chaves, coordenadora do Comitê de Medicina de Viagem da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professora da Centro Universitário do Pará (CESUPA).

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