Rápida transmissão, reinfecções e capacidade de escapar de parte da imunidade de vacinas já produzidas: essas são algumas das características da variante Ômicron que colocou o mundo em alerta. Um estudo da Pfizer mostrou que a terceira dose da vacina é capaz de aumentar os anticorpos em 25 vezes, mas, nesta segunda-feira, 10, a farmacêutica fez um novo anúncio: a produção de uma vacina contra a Ômicron.
De acordo com o CEO da Pfizer, Albert Bourla, o imunizante já está sendo fabricado, e o objetivo é de que a vacina sirva não só para a Ômicron, mas também para outras variantes que estão em circulação ao redor do mundo.
“A esperança é de que alcancemos algo que tenha uma proteção muito melhor, especialmente contra infecções, porque a proteção contra hospitalizações e agravamento da doença é razoável nesse momento com as vacinas atuais, desde que você tenha a terceira dose”, disse o CEO à CNBC. Albert Bourla ainda comunicou que esse novo imunizante está previsto para ficar pronto já no início deste ano de 2022: em março.
ÔMICRON E VACINAÇÃO NO MUNDO
Recentemente, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, falou sobre duas questões. A primeira é de que, apesar de a Ômicron parecer causar quadros menos graves comparada a outras variantes – como a Delta -, a cepa não deve ser considerada como “leve”.
Outro ponto destacado é sobre a distribuição desigual de vacinas, um obstáculo que ainda não foi superado e que pode até mesmo provocar o surgimento de mais variantes. Uma das metas da OMS em relação à vacinação, era de que 70% da população do mundo estivesse vacinada até julho deste ano. Mas, Tedros Adhanom informou que 109 países não irão conseguir cumprir esse objetivo, por falta de imunizante.