Clínicas particulares em países europeus como Alemanha, Chipre e Suíça estão se tornando cada vez mais populares por oferecerem lavagem do sangue como um tratamento para sintomas prolongados da covid-19.
O procedimento extrai e filtra o sangue da pessoa removendo lipídios e proteínas inflamatórias. Assim, promete ser uma opção para ex-infectados pela covid, que seguem sofrendo com sintomas como perda de paladar, olfato, dores de cabeças, entre outros.
A Sociedade Alemã de Nefrologia aprova o tratamento para, em última instância, para pessoas com distúrbios lipídicos. Além disso, defensores do procedimento afirmam que ele é capaz de quebrar microcoágulos no plasma dos infectados à longo prazo, de modo que os sintomas desapareçam.
No entanto, não existe nenhuma comprovação científica e/ou ensaios clínicos que mostrem a validade deste tratamento para covid-19 prolongada.
Pacientes que pagaram tratamento de lavagem do sangue relatam persistir com sintomas da covid-19
Uma holandesa, infectada em 2020 com o coronavírus, relata que buscou o tratamento na Alemanha. Ela sofre com uma fadiga intensa, palpitações cardíacas, por mais de um ano, o que a fez até se demitir do seu trabalho, por fraqueza.
No entanto, depois de gastar mais de €15 mil euros, cerca de R$80 mil reais, na clínica Long COVID Center. Em março desse ano, ela passou dois meses do país e hoje conta que seus sintomas persistem.
Especialistas, além disso, apontam que a lavagem de sangue apresenta vários riscos como sangramentos excessivos, coagulação, infecções, alergias, etc.