Um estudo da Universidade de Oxford, publicado na revista Nature na última segunda-feira, 07, mostrou uma análise em que a covid-19 pode provocar uma série de alterações no cérebro de uma pessoa que foi infectada pelo vírus. Considerado o maior estudo sobre o tema, em que foram investigadas fotografias cerebrais de 785 participantes, de 51 a 81 anos.
Os dados dos voluntários foram divididos em dois grupos: 401 pessoas que foram infectadas pelo vírus e 384 que não foram contaminadas pela doença, mas com semelhanças como fatores de risco e condições socioeconômicas. Alguns dos que foram diagnosticados com covid-19 apresentaram algumas alterações na região cerebral, como:
- Redução do cérebro;
- Redução na espessura da substância cinzenta;
- Danos nos tecidos ligados ao olfato.
+++ Estudo aponta possível caso de transmissão de coronavírus de cervo para ser humano
ALTERAÇÕES CEREBRAIS APÓS COVID-19 FORAM MAIS EVIDENCIADAS EM IDOSOS E EM HOSPITALIZADOS
Os efeitos cerebrais foram mais evidenciados em dois tipos de grupos: idosos e pessoas hospitalizadas pela doença. No entanto, ainda precisam ser realizados estudos mais aprofundados para identificar se esses efeitos são permanentes ou em até que ponto eles podem ser revertidos. “O cérebro é plástico, o que significa que pode se reorganizar e se curar até certo ponto, mesmo em pessoas mais velhas”, disse ao The Guardian a professora e autora do estudo, Gwenaëlle Douaud, da Universidade de Oxford.