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Devemos repor silício orgânico? Elemento ajuda na produção de colágeno no corpo

Published 15/06/2022
Devemos repor silício orgânico? Elemento ajuda na produção de colágeno no corpo

Devemos repor silício orgânico? Elemento ajuda na produção de colágeno no corpo - FREEPIK

Nenhuma estrutura da pele é tão visada quanto o colágeno. E isso tem uma (aliás, várias) razão (razões) de ser: “A falta de colágeno, no caso da pele, ocasiona uma flacidez mais acentuada e mais precoce, uma perda da elasticidade, do viço e uma maior desidratação. Mas também pode afetar outras áreas do corpo, com aumento do desgaste ósseo e das articulações”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Mas produzir colágeno não é uma tarefa tão simples – e passa também por outros nutrientes, como o silício.

“O silício é um elemento químico, o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre, atrás somente do Oxigênio. Compõe inúmeras estruturas minerais como argila, granito, quartzo e areia, onde se encontra na forma de dióxido de silício, conhecido como sílica e silicatos. O ácido ortossilícico (silício orgânico) é um composto químico de sílica dissolvida em água ou soluções não aquosas, estabilizado em proteína que torna possível sua absorção. Considerado um nutriente essencial que pode ser obtido na dieta ou como suplemento alimentar, ele colabora com a síntese de colágeno, elastina e a formação de glicosaminoglicanos que compõem a matriz extracelular dos tecidos conjuntivos”, destaca a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

“Ele faz parte da estrutura da elastina, do colágeno, das proteoglicanas e das glicoproteínas. Tecidos no organismo que dependem de colágeno são beneficiados com silício, tais como cartilagens, artérias, pele, cabelo e unha”, afirma a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Dermatologia e Cosmiatria pelo Instituto BWS.

O SILÍCIO ESTÁ NO NOSSO CORPO DESDE QUE NASCEMOS

Conhecido como um “cimento natural”, o silício é um oligoelemento presente no organismo desde que nascemos, mas o perdemos progressivamente com o passar dos anos. Como é importante para o metabolismo ósseo, vasos, artérias, pele, cabelos e unhas, essa perda será responsável por diversas alterações na idade adulta, o que levanta a hipótese da suplementação como maneira ideal de repor esse silício. O silício orgânico está presente em vários grupos alimentares como frutas (maçã, laranja, manga, banana), legumes (couve, repolho, cenoura, cebola, pepino, abóbora), oleaginosas (amendoim, amêndoas), cereais (arroz, milho, aveia, cevada, farelo de trigo) e frutos do mar, mas há um probleminha: “Encontrado na dieta, o silício nem sempre oferece boa biodisponibilidade devido à ação enzimática que resulta em sílica ou silicato, portanto deve estar estabilizado na forma de ácido ortosilícico para ser absorvido”, explica a Dra. Marcella. “O Silício precisa ser estabilizado por outra molécula (colágeno hidrolisado) para que se tenha biodisponibilidade e absorção pelo organismo. A estabilização impede a polimerização, fazendo com que a molécula de Silício fique protegida. Dessa forma, a molécula ficará pequena e terá alta biodisponibilidade”, destaca Maria Eugênia Ayres, farmacêutica.

A partir de quando suplementar?

A partir dos 20 anos, já podemos repor silício por via oral. “A concentração dessa substância nos alimentos é relativamente baixa. Por isso, é preciso recorrer ao suplemento silício orgânico, em cápsulas, uma versão do produto estabilizada em colágeno hidrolisado, sendo absorvido de forma mais eficiente pelo organismo”, diz a farmacêutica.

Segundo a Dra. Cláudia Merlo, a indicação do silício é importante em casos de quedas capilares, enfraquecimento de unhas, após bioestimuladores de colágeno tanto injetáveis quanto em tecnologia. “No caso de queda capilar, temos sempre que achar causas das doenças para indicar o nutracêutico com maior eficácia. A queda capilar tem diversas causas, uma delas é o hipotireoidismo, então o silício orgânico não seria a melhor forma de tratar, dessa forma é importante buscar a origem do problema com o especialista”, pondera a Dra. Cláudia Merlo.

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FONTES:

*DRA. MARCELLA GARCEZ: Médica Nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento. Instagram: @dra.marcellagarcez

*DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. Instagram: @drapaoladermatologista

*DRA. CLAUDIA MERLO: Médica especialista em Dermatologia e Cosmiatria pelo Instituto BWS. Diretora da Clínica Claudia Melo.

*MARIA EUGENIA AYRES: Graduada em Farmácia Industrial pela Faculdade Oswaldo Cruz com Pós-Graduação em Farmacologia Clínica. Atua no Setor Magistral desde 2000 onde atualmente é Gestora Técnica da Biotec. CRF 33.424.

*LUDMILA BONELLI: Cosmiatra, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle. Instagram: @ludmilabonelli

*LUISA WOLPE SIMAS: Nutricionista e consultora de nutrição integrada da Biotec Dermocosméticos.

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