Em 2015, o Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística) constatou que crianças e adolescentes no Brasil estavam passando ainda mais tempo na frente da TV: 5h35 por dia, quase uma hora a mais do que dez anos antes, sabia?
Agora, uma pesquisa norte-americana mostra que o aumento de exposição dos jovens à telinha, além de nocivo a eles próprios, também pode prejudicar os seus pais, que ficariam mais estressados.
O estudo, feita pela Universidade do Arizona, analisou dados de 433 pais de crianças com idades entre dois e 12 anos, e notou que, quanto mais tempo os pequenos passavam diante da TV, mais irritados eram os seus progenitores.
Segundo os pesquisadores, o motivo seria o “bombardeamento” de comerciais de produtos, o que estimularia o desejo de consumo dos jovens.
COMO O ESTUDO FOI FEITO?
Para chegar a essa conclusão, os estudiosos perguntaram aos pais: quanto tempo os filhos ficavam assistindo à TV? Qual a frequência de pedidos de produtos em idas aos shoppings? Quantas vezes as crianças têm atitudes coercitivas nesses passeios? E quais eram os níveis de estresse dos pais? Após coletar essas informações, os pesquisadores conseguiram chegar ao resultado da investigação.
SOLUÇÕES
Os estudiosos norte-americanos apontam que uma das saídas para reduzir o estresse é limitando o horário dos pequenos diante do aparelho. Além disso, no ano passado, a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou um estudo que aponta que crianças de dois a quatro anos devem ficar, no máximo, uma hora na frente de telas de computador, celular ou TV. Esse número reduz ao diminuir a idade.
Por exemplo, com um ano, a organização recomenda que o bebê não deva ser exposto a nenhum tempo de tela. Isso, somado à leitura, boa qualidade do sono, da alimentação, e à prática de atividade física, seria a chave para um crescimento saudável da criança.
E, caso seu filho já esteja assistindo muita TV, uma forma indicada pela pesquisa é de conversar com as crianças e explicar as diferenças e os perigos das propagandas. Os pesquisadores notaram que os pais que conversam com os filhos, e os inserem nas decisões da família – um exemplo dado pelos estudiosos é a afirmação “Vou te escutar em alguns pedidos” -, também reduzem o estresse e os pedidos constantes de produtos.