Alguns estudos mostram que segurar o choro em momentos de tristeza é muito prejudicial ao organismo. Existem evidências de que pessoas com personalidade do tipo D, ou seja, que experimentam sentimentos negativos, mas não conseguem expressá-los verbalmente ou por meio do choro, estão mais sujeitos a desenvolverem doenças físicas crônicas, como obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, problemas reumatológicos e, até mesmo câncer.
“Chorar tem a função de gerenciar o nosso estresse e fazer com que o corpo entre em homeostase, ou seja, sua situação de equilíbrio”, descreve o psiquiatra Victor Bigelli de Carvalho para o Portal Viva Bem. Segundo o especialista, da mesma forma que, após uma corrida, o cérebro manda mensagem para o coração baixar a frequência cardíaca e retornar os batimentos do repouso, o choro é importante para voltar ao estado mental basal.
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Todo ser humano precisa expressar suas emoções de alguma forma, sejam elas boas ou ruins, e o choro é exatamente isso: a manifestação dos nossos sentimentos por meio das lágrimas.
Quando nós começamos a chorar, a reação de quem está perto, normalmente é tentar ajudar de alguma forma. Isso explica o choro das crianças, especialmente as menores, que o fazem para conseguir atenção e mostrar que algo está errado, de acordo com a visão delas, claro.
A vulnerabilidade que, às vezes, o choro transmite, pode ser benéfica, pois ela indica que precisamos de ajuda, e dependendo da situação, pode até mesmo nos salvar de algo pior. Pessoas com transtornos psicológicos, por exemplo, podem ser ajudadas quando demonstram que estão vulneráveis. Já aquelas que se inibem, têm maior probabilidade de o problema aumentar, sem que ninguém perceba.