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Aliando a meditação ao combate da ansiedade: 10 a 15 minutos por dia é suficiente

Meditação pode funcionar como processo natural de transformação e gerar benefícios como melhorar a qualidade do sono e aumentar a concentração

Considerada por entidades médicas como o mal do século, a ansiedade tem afetado cada vez mais pessoas no mundo. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) contendo a maior revisão sobre saúde mental já feita pela entidade deixou claro como a questão precisa ser considerada uma urgência.

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Conforme o estudo, em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com algum tipo de transtorno mental no mundo. No primeiro ano da pandemia, em 2020, o número de casos de depressão e ansiedade aumentou em 25%. Segundo a OMS, o Brasil é a nação com a maior prevalência de depressão nas Américas. Além disso, o país ainda tem o triste título de população mais ansiosa do mundo.

Neste cenário, em que pacientes com ansiedade sofrem com dificuldade de concentração, irritabilidade, fadiga e respiração rápida, especialistas estudam formas de combater os sintomas e auxiliar no tratamento. E a meditação aparece justamente como uma das melhores terapias para auxiliar no processo de controle da ansiedade.

“A meditação te permite ingressar em um processo de auto-observação onde todos os pensamentos, emoções e atitudes não mais passam despercebidos. E isso conduz a um processo natural de transformação”, destaca Gabi Frantz, mestre de meditação, pós-doutoranda em Medicina Natural pela Quantum University, atualmente seu currículo conta com mais de 30 cursos voltados para a área.

A especialista pontua que a meditação é uma ótima atividade porque não tem restrição e não apresenta nenhum tipo de efeito colateral negativo. “Nada de ruim pode sair de uma prática tão natural, afinal, a meditação é medicina natural”, acrescenta.

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Pesquisas indicam meditação para controle da ansiedade

Frantz argumenta que a adoção da meditação tem aumentado justamente devido às várias pesquisas que têm verificado a eficácia da prática no combate à ansiedade. Um destes estudos foi realizado por pesquisadores da Universidade de Georgetown, em Washington, nos EUA, onde foi comparado o efeito anti ansiedade de técnicas de redução do estresse baseado em mindfulness (MBSR, na sigla em inglês) com o uso do antidepressivo escitalopram.

O estudo reuniu 276 pacientes e comparou os resultados dos grupos que foram tratados com mindfulness e com o remédio. Partindo de uma escala de 1 (um pouco de ansiedade) a 7 (ansiedade severa), foi observado que enquanto o grupo que tomou escitalopram teve uma diminuição média de 1,43 pontos na escala, quem realizou meditação caiu em média 1,35 pontos. O resultado próximo foi considerado como uma equivalência entre o tratamento medicamentoso e a meditação.

“A meditação tem esse efeito tão poderoso e pode até diminuir o uso de medicamentos por uma série de fatores. Dentre eles, podemos pontuar duas questões como as mais importantes: a meditação te torna uma pessoa mais consciente e estimula o sistema nervoso parassimpático, ou seja, acaba causando um relaxamento do corpo e da mente”, explica Frantz.

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A mestre de meditação afirma que por conta do estudo da Universidade de Georgetown e vários outros, a meditação tem sido cada vez mais receitada para tratar ansiedade a qualquer momento. Os efeitos da atividade conseguem aliviar sintomas de até mesmo casos mais avançados, onde há um estado de ansiedade generalizado.

“Não é necessário que exista uma conversa ou um diagnóstico pois o próprio processo da meditação irá trazer a compreensão necessária para a cura e restabelecimento do estado de equilíbrio”, ressalta.

Efeitos positivos da meditação no paciente com ansiedade

Desde 2017, após a portaria nº 145, a meditação é uma opção de tratamento complementar oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde lista a atividade no conjunto de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) porque entende que ela promove a saúde e recuperação, além de ser baseada em teoria científica.

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Gabi Frantz pontua que existem diferentes tipos de abordagens de meditação, mas que de maneira geral elas trabalham a auto-observação, autoaceitação, autoconsciência e autotransformação.

“Dentro da minha metodologia e de tudo o que acredito ser eficiente no universo da meditação, eu diria que o principal é o despertar da consciência e ativação certa de determinadas regiões do seu cérebro e do seu sistema nervoso. E por isso as práticas não precisam ser personalizadas. Você só precisa de um método que seja eficiente”, diz.

7 benefícios da meditação na saúde das pessoas:

1. Relaxamento do cérebro e do corpo;
2. Sensação de calma, bem-estar e tranquilidade;
3. Cria uma maior conexão com você mesmo;
4. Traz mais clareza para a resolução de problemas;
5. Melhora a qualidade do sono;
6. Aumenta a concentração e o foco;
7. Diminui os sintomas da ansiedade.

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“Estudos dizem que 10 a 15 minutos por dia é o tempo necessário para obter os benefícios da meditação. E mais do que aprender a meditar, é importante manter o hábito. Então é essencial encontrar um horário com o qual você possa se comprometer a meditar todos os dias”, finaliza Gabi Frantz.


Sobre Gabi Frantz

Conheceu a meditação aos 15 anos, e ao notar as mudanças que a prática trazia para sua vida, decidiu se aprofundar ainda mais nesse mundo. Atualmente seu currículo conta com mais de 30 cursos voltados para a área e está finalizando seu PhD em Medicina Natural pela Quantum University.

Em 2003, criou seu primeiro grupo de meditação guiada, que hoje conta com mais de 2.500 participantes todos os dias. Mestre em meditação, possui perfil ativo no Instagram, que hoje, conta com mais de 85 mil seguidores, além disso é dona do canal no YouTube “Meditar com vc”, que tem mais de 75 mil inscritos, e do site meditar.com.vc, que oferece cursos gratuitos de meditação.

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