Todo creme é um investimento, não é mesmo?
Mas, ao comprar, corremos risco, afinal, é realmente difícil saber o quanto ele vai ser efetivo para tratar manchas, rugas e flacidez na nossa pele!
Quando se trata de um creme anti-idade, a dúvida só aumenta, afinal o que não falta é produto para reverter, pausar ou ao menos diminuir o processo de envelhecimento cutâneo. Mas será que tudo que está nas prateleiras realmente funciona? E, mais profundo ainda, será que tudo que passamos na pele realmente atinge o alvo específico que queremos? O que podemos esperar de um tratamento anti-idade com cosméticos?
A Dra. Roberta Padovan explicou que os cremes anti-idade funcionam desde que bem orientados pelo especialista. “Os produtos utilizados podem ser formulados com uma série de ativos para atender às necessidades de cada pele, como substâncias calmantes, anti-inflamatórias, clareadoras, rejuvenescedores e, principalmente, antioxidantes”, disse ela.
No entanto, a atuação de um dermocosmético será sempre limitada: ele pode até estimular o colágeno e elastina, fibras de sustentação da pele, mas não terá um efeito igual ou superior ao de um equipamento a laser, um ultrassom ou uma cirurgia mais invasiva.
+++ VEJA TAMBÉM: ‘Skincare natural’: Abóbora, batata doce e frutas cítricas são capazes de melhorar a saúde e a beleza da pele
+++ VEJA TAMBÉM: Máscara de carvão ativado limpa profundamente a pele e controla a oleosidade; saiba como fazer
Abaixo, consultamos especialistas para saber quais são as cinco principais dicas para seguir e fazer a rotina skincare anti-idade valer a pena:
O cosmético precisa ter tecnologias de ação profunda
As formulações atualmente estão cada vez mais avançadas, com o uso de tecnologias que apresentam bio e nanotecnologia, ou seja, vetorização dos ingredientes, o que permite fazer com que esses princípios ativos atinjam realmente o local desejado.
Ou seja, se quiser que seu creme anti-idade tenha eficiência, além de ativos anti-idade, a nanotecnologia é fundamental.
“Ler” seus genes pode ajudar
De acordo com o geneticista Dr. Marcelo Sady, todos nós somos resultados da interação dos nossos genes com fatores ambientais.
“O nosso estilo de vida, nossa alimentação, nível de atividade física e nível de estresse modulam a nossa suscetibilidade genética”, afirmou o geneticista. E existe uma influência genética muito forte que pode ajudar a delimitar a escolha certa de um creme.
Segundo o Dr., o dermatologista pode solicitar o exame Dermatogenética. “Por exemplo, o genótipo do gene MMP1 está relacionado a uma degradação do colágeno oito vezes maior que o normal após a exposição solar. Existe também o genótipo do gene COL1A1, ligado à menor produção de colágeno. É possível ver, além disso, a carência de genótipos de genes como SOD2 e CAT, o que compromete a capacidade antioxidante da pele em responder bem contra a ação dos radicais livres”, afirmou o especialista.
E, segundo Isabel Piatti, Consultora Executiva em Estética e Inovação Cosmética, nesse caso, é importante reforçar o uso de produtos que combatam os radicais livres.
A etapa de higienização é fundamental
Quanto mais a pele estiver higienizada, melhor será a penetração dos ingredientes ativos. Por isso, é fundamental tirar a maquiagem, limpar com sabonete, esfoliar uma ou duas vezes na semana (ou conforme orientação médica) e aplicar o tônico.
“A rotina diária de cuidados com a pele deve ser iniciada com o uso de sabonetes específicos para cada tipo de pele seguido da utilização de um tônico para reequilibrar o pH do tecido cutâneo e complementar a etapa de higienização. De uma a duas vezes por semana, é interessante também realizar a esfoliação da pele, que é capaz de estimular a renovação celular, desobstruir os poros e remover as células mortas e impurezas, além de melhorar a permeação de ativos que serão aplicados em seguida”, recomendou a Dra. Roberta.
Mas aqui vale uma atenção: use produtos de limpeza suave. “Quanto mais óleo você remover com produtos de limpeza agressivos, mais óleo suas glândulas produzirão para neutralizar esse efeito de secagem. Limpadores suaves evitarão que a pele seque demais e que as glândulas sebáceas compensem produzindo mais gordura. Também sabemos que produtos mais abrasivos interferem na microbiota da pele, reduzindo o número de bactérias boas que agem como defensores”, disse o farmacêutico Maurizio Pupo.
Planeje uma ação completa para potencializar a ação
Não adianta achar que o creme anti-idade sozinho poderá fazer milagres. A sua dieta importa, mas os outros produtos dermocosméticos também. O uso de ácidos, renovadores celulares e esfoliantes podem potencializar a ação do creme anti-idade.
Comece cedo
Segundo a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, a partir dos trinta anos observamos os primeiros sinais do envelhecimento cutâneo devido ao início da diminuição do colágeno e elastina e diminuição da secreção sebácea com alteração do nível de hidratação da pele.
“Com isso, podemos observar as primeiras rugas finas ao redor dos olhos e o aparecimento de manchas. Por isso, devemos utilizar hidratantes com antioxidantes e estimuladores da produção de colágeno. Se o paciente tiver manchas, o uso de despigmentantes e renovadores celulares são bem-vindos, desde que haja a orientação pelo dermatologista”, afirmou a médica.
Algumas décadas depois, pode ocorrer a aparição, na pele facial, de volumetrias negativas, ou seja, gaps, depressões e a formação de linhas e rugas cada vez mais profundas principalmente por conta do envelhecimento natural e das agressões cumulativas (de exposição solar e à poluição) sofridas ao longo dos anos.
“Nesse caso, a rotina skincare exige atenção à hidratação, uso de antioxidantes, fotoprotetor e substâncias poderosas para recuperação e estímulo de colágeno na pele. Como as rugas já são mais profundas, a intensidade e a concentração dos ativos são maiores”, disse a farmacêutica.
Portanto, o melhor a fazer é procurar ajuda de um dermatologista e seguir suas orientações para o tratamento ideal da pele.