Publicidade

Viviane Araújo, mãe aos 46 anos! Ginecologista comenta gravidez acima dos 40

A ginecologista e obstetra Dra. Camila Ramos aproveita o exemplo de Viviane Araújo para falar sobre a gravidez acima dos 40 anos

Viviane Araújo, mãe aos 46 anos! Ginecologista comenta gestação nessa fase – INSTAGRAM/ @araujovivianne

A atriz Viviane Araújo anunciou na última segunda-feira, 21, nas redes sociais que está grávida de três meses. A rainha de bateria desabafou em vídeo contando sobre a expectativa que tinha de engravidar. Aos 46 anos de idade e após passar por uma fertilização in vitro, ela será mãe pela primeira vez.

Publicidade

Nas redes sociais, logo as dúvidas e comentários sobre a gestação tardia vieram à tona, mas até que ponto a gravidez nesta fase da vida é um risco para mãe? A ginecologista e obstetra Dra. Camila Ramos, referência em reprodução humana e climatério, acredita não somente que é possível ser mãe após 45 anos, como também celebra o fato de a atriz ter explicado o tratamento utilizado para se chegar à gravidez.

“É muito importante que ela tenha trazido ao público sua escolha e o tratamento utilizado, ajudando a desmistificar ainda mais a gravidez acima dos 45. A gente sabe que as taxas de gestação para pacientes acima de 45 anos são eventuais. Ou seja, a taxa de sucesso geralmente é baixa. No entanto, a medicina oferece hoje inúmeros tratamentos para que as mulheres vivenciam a maternidade mesmo acima dos 40”, pontua a ginecologista Camila Ramos.

+++ Bebê x chupeta: acessório ajuda ou atrapalha na hora de dormir?

Viviane é casada desde maio de 2021 com Guilherme Militão e no anúncio da gravidez, a atriz destacou que esta foi a segunda tentativa do casal para conseguir engravidar por meio da fertilização in vitro.

Publicidade

Viviane Araújo será mãe aos 46 anos; como é a gravidez acima dos 40?

A gravidez de mulheres acima dos 40 anos não causa mais espanto. Muitas pessoas que já passaram dessa idade sonham ainda mais com a possibilidade de serem mães. A gravidez em qualquer idade tem vantagens e desvantagens. Mas não há como negar que as chances de engravidar após os 40 anos são muito menores: a reserva de óvulos diminui significativamente com a idade, e os óvulos mais velhos são mais propensos a desenvolver problemas, aumentando o risco de aborto e anomalias ao nascimento. Além disso, a mulher possui mais chance de ser acometida por pressão alta, diabetes ou outras doenças que agravam ainda mais o risco da gestação.

Publicidade

Apesar disso, também existem benefícios em gestar após os 40. Estudos demonstram que as mães mais velhas são, em geral, mais instruídas, têm carreiras profissionais mais consolidadas e são mais propensas a amamentar.  A partir de suas experiências de vida, são mais aptas a tomar decisões familiares mais saudáveis e inteligentes. O mais importante é conhecer os riscos e se preparar antes de engravidar neste período da vida.

+++ Primeiro preservativo para sexo anal é aprovado pela agência reguladora dos Estados Unidos

Fertilização In Vitro (FIV)

Publicidade

O método utilizado pela atriz Viviane Araújo começa com a coleta dos gametas feminino e masculino. Para isso, as mulheres passam por um processo de estímulo da ovulação, por meio de medicamentos hormonais e, posteriormente, ocorre a coleta dos óvulos. Já nos homens, é colhida amostra de espermatozoides por meio da masturbação ou, se necessário, a partir de uma punção testicular. 

Na próxima etapa, a de fecundação, óvulo e espermatozoides são unidos em laboratório, onde acontece a fertilização e assim, a formação do embrião. Após alguns dias de cultivo em estufa, o embrião chega à fase de blastocisto, e é transferido ao útero da futura mamãe.

“Para quem vai partir para a fertilização in vitro, é importante solicitar a biópsia de embrião, porque com o passar da idade da mulher, a gente tem o aumento de riscos de doenças cromossômicas. Portanto, é indicada a biópsia”, aconselha a Dra. Camila Ramos.

Publicidade

Outra opção é a ovodoação que ocorre através da doação de óvulos jovens de outra paciente. Nesse sentido, é uma opção no caso de mulheres com diminuição da reserva ovariana causada por idade avançada, falência ovariana precoce, tratamentos oncológicos e doenças genéticas.

Desta forma, conforme a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), permite-se a doação voluntária dos óvulos. Além disso, também é aceita a doação compartilhada, em casos que doadora e receptora estejam participando de tratamentos de reprodução assistida. Portanto, podem compartilhar tanto o material biológico quanto os custos financeiros que envolvem o procedimento.

“Primeiro, se essa mulher que está tentando engravidar já teve, quando mais nova, um óvulo congelado, isso seria a melhor alternativa. Se não tiver feito isso e nem a Fertilização In Vitro ter funcionado, ela pode adotar a doação de óvulos. Neste caso, a mulher escolhe uma doadora de óvulos, normalmente com uma idade inferior a 35 anos, e junto com os espermatozoides do parceiro forma os embriões antes deles serem devolvidos para essa mulher poder gestar”, finaliza a ginecologista.