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Vírus da monkeypox pode se manter vivo por até 20 dias no sêmen

Atualmente, transmissão do vírus da monkeypox pelo contato sexual é a que mais preocupa; descoberta pode ajudar entender melhor o potencial de sua ação

Atualmente, transmissão do vírus da monkeypox pelo contato sexual é a que mais preocupa; descoberta pode ajudar entender melhor o potencial de sua ação
Atualmente, transmissão do vírus da monkeypox pelo contato sexual é a que mais preocupa – Pexels/Anna Shvets

Um novo estudo publicado na revista Lancet Infectious Diseases revelou que o vírus da monkeypox se mantém ativo no sêmen humano por até 20 dias. A pesquisa italiana, além disso, busca entender melhor a transmissão sexual, uma das mais consistentes durante esse novo surto.

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“Investigamos a disseminação viral em amostras longitudinais de sêmen coletadas 5 a 19 dias após o início dos sintomas de um caso confirmado de vírus da monkeypox”, explicam os pesquisadores responsáveis que detectaram o vírus em todas as amostras feitas neste período.

De acordo com o estudo, o paciente era um homem, de 39 anos, que havia viajado para a Áustria, além de ter a vida sexual ativa, nos últimos meses.

Vírus da monkeypox ainda tem potencial de reprodução durante auge da infecção, revela coleta de sêmen

Outra descoberta dos pesquisadores, foi em relação à reprodução do vírus durante o auge da infecção. “O sêmen coletado na fase aguda da infecção (dia 6 após o início dos sintomas) pode conter uma forma de replicação competente do vírus e representa uma fonte potencial de infecção”, revelam.

Apesar do sucesso do estudo, o homem que teve o sêmen estudado era portador de HIV, o que pode mudar a atuação do vírus no organismo. “Nosso paciente era um respondedor viro-imunológico infectado pelo HIV, portanto, não podemos excluir inteiramente a possibilidade de um efeito da desregulação imune crônica associada ao HIV na eliminação prolongada do vírus da monkeypox no sêmen”, anunciam.

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Por agora, eles buscam avançar os estudos na área, principalmente para entender melhor a transmissão sexual do vírus, uma das mais preocupantes hoje em dia.