Vírus da monkeypox pode se manter vivo por até 20 dias no sêmen
Atualmente, transmissão do vírus da monkeypox pelo contato sexual é a que mais preocupa; descoberta pode ajudar entender melhor o potencial de sua ação
Atualmente, transmissão do vírus da monkeypox pelo contato sexual é a que mais preocupa; descoberta pode ajudar entender melhor o potencial de sua ação
Um novo estudo publicado na revista Lancet Infectious Diseases revelou que o vírus da monkeypox se mantém ativo no sêmen humano por até 20 dias. A pesquisa italiana, além disso, busca entender melhor a transmissão sexual, uma das mais consistentes durante esse novo surto.
“Investigamos a disseminação viral em amostras longitudinais de sêmen coletadas 5 a 19 dias após o início dos sintomas de um caso confirmado de vírus da monkeypox”, explicam os pesquisadores responsáveis que detectaram o vírus em todas as amostras feitas neste período.
De acordo com o estudo, o paciente era um homem, de 39 anos, que havia viajado para a Áustria, além de ter a vida sexual ativa, nos últimos meses.
Outra descoberta dos pesquisadores, foi em relação à reprodução do vírus durante o auge da infecção. “O sêmen coletado na fase aguda da infecção (dia 6 após o início dos sintomas) pode conter uma forma de replicação competente do vírus e representa uma fonte potencial de infecção”, revelam.
Apesar do sucesso do estudo, o homem que teve o sêmen estudado era portador de HIV, o que pode mudar a atuação do vírus no organismo. “Nosso paciente era um respondedor viro-imunológico infectado pelo HIV, portanto, não podemos excluir inteiramente a possibilidade de um efeito da desregulação imune crônica associada ao HIV na eliminação prolongada do vírus da monkeypox no sêmen”, anunciam.
Por agora, eles buscam avançar os estudos na área, principalmente para entender melhor a transmissão sexual do vírus, uma das mais preocupantes hoje em dia.