O vírus da imunodeficiência humana, o HIV – e que pode levar à AIDS -, é alvo de muitos estudos há muito tempo. No Brasil, apesar da queda de cerca de 20% nas notificações de AIDS, entre 2020 e 2019, os números ainda são altos. Em 2019, foram registrados mais de 37 mil casos, enquanto em 2020 houve mais de 29 mil.
Mas, uma esperança que pode ajudar nessa luta foi anunciada na última semana, pela farmacêutica Moderna: uma vacina experimental contra o HIV foi aplicada em humanos. O imunizante está na fase 1, que irá analisar a indução de uma resposta imune por meio de antígenos particulares do HIV.
Neste estudo, também conduzido em parceria com a International AIDS Vaccine Initiative (IAVI), está sendo utilizado o método que desenvolveu a vacina contra Covid-19: a tecnologia de RNA mensageiro. Em comunicado, o presidente da IAVI, Mark Feinberg, disse estar empolgado com o desenvolvimento do imunizante.
“A busca por uma vacina contra o HIV tem sido longa e desafiadora, e ter novas ferramentas em termos de imunógenos e plataformas pode ser a chave para progredir rapidamente em direção a uma vacina eficaz e urgentemente necessária”, declarou Feinberg.
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VERSÃO ANTERIOR DE VACINA CONTRA HIV MOSTROU EFICÁCIA DE 97%
Um tipo anterior do imunizante, utilizado em ensaios clínicos, mostrou uma grande resposta imune: 97%. Agora, com uma parte financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, essa nova análise irá monitorar 56 voluntários soronegativos, para a observação tanto da eficácia do imunizante quanto de sua segurança.
A luta contra a AIDS existe há cerca de 40 anos e, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 38 milhões de pessoas ao redor do mundo convivem com HIV/AIDS.