A chikungunya é uma doença que pode ser transmitida pelo Aedes aegypti e Aedes albopictus (que provoca a febre amarela). Mas, uma vacina contra doença que está na terceira fase de estudo clínico mostrou resultados positivos. O imunizante de dose única, produzido pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva, demonstrou uma longa resposta imune.
Os Estados Unidos foi o país escolhido para a realização do ensaio clínico por não ser um local em que a doença é endêmica, pois, conforme o instituto, a população que vive em regiões com maior exposição à enfermidade tendem a produzir uma maior quantidade de anticorpos. Com essa amostragem, foi observado que 96,3% dos cerca de quatro mil voluntários com mais de 18 anos apresentaram uma resposta imune que durou por seis meses.
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VACINA CONTRA CHIKUNGUNYA: EFEITOS ADVERSOS FORAM LEVES
Ao avaliar a segurança do imunizante contra chikungunya – o VLA1553 -, o Butantan destacou, em comunicado, que grande parte dos voluntários apresentaram efeitos adversos leves. Nessa análise houve a participação de cerca de três mil voluntários, em que 50% relataram sinais como: dor no local da aplicação da vacina, dor de cabeça e fadiga. A febre foi o efeito mais grave apresentado, mas destacado em apenas 2% dos voluntários.
A parceria entre o Instituto Butantan e a Valneva também está centrada na transferencia de tecnologia para que a produção do imunizante contra a chikungunya seja realizada no Brasil. “Como premissa de negócios, o Butantan tinha interesse de não só trazer a vacina para o Brasil, mas também ter a tecnologia produtiva e colaborar com o desenvolvimento do produto, assim como fizemos com a vacina da dengue e a própria CoronaVac. O Instituto tem uma perspectiva maior de atender grandes populações em países emergentes”, disse o gerente de parcerias estratégicas e novos negócios do instituto, Tiago Rocca.