Mulheres que trabalham fora de casa podem apresentar uma memória mais nítida ao longo da vida, de acordo com um estudo publicado no periódico da Academia Americana de Neurologia.
A pesquisa foi realizada com 6.189 mulheres norte-americanas na faixa dos cinquenta e cinco anos ou mais. A cada dois anos, as participantes deveriam fazer o teste de memória, relatando o status do emprego, do casamento e da maternidade.
E, em média, elas foram acompanhadas durante doze anos (entre 1995 e 2016). A pesquisa levou em conta fatores como raça, nível de educação e as condições sociais e econômicas dessas mulheres durante a infância.
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Quais foram os resultados?
Os pesquisadores descobriram que as mulheres que trabalharam fora de casa durante a idade adulta e a meia-idade apresentaram uma memória mais preservada ao longo do tempo.
Entre sessenta e setenta anos, por exemplo, a taxa de declínio da memória entre as mães que não trabalhavam era 50% maior em relação às mães que estavam inseridas no mercado.
Além disso, o estudo mostrou que a taxa de declínio da memória foi mais lenta entre as mães solteiras que trabalham do que mães casadas que ficam em casa —embora o último grupo tendesse a vir de origens “mais privilegiadas”.
Assim, a pesquisa é importante porque mostra que o trabalho pode ajudar a “exercitar” o cérebro, a partir de interações em equipe e o aprendizado de novas habilidades, por exemplo. Tudo isso, consequentemente, faz com que a pessoa apresente um bom funcionamento cognitivo ao longo da vida, acompanhada, é claro, de hábitos saudáveis.