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Teste da Orelhinha: qual a importância do exame realizado ainda nos primeiros dias de vida?

A triagem neonatal auditiva, apesar de parecer simples, garante que se detecte, o mais precocemente, qualquer deficiência auditiva

A triagem neonatal auditiva, apesar de parecer simples, garante que se detecte, o mais precocemente, qualquer deficiência auditiva
Entenda a importância e como é realizado o “teste da orelhinha” – Pexels/Burst

Um dos exames realizados ainda na maternidade ou durante o primeiro mês de vida dos bebês é o popular “teste da orelhinha”. O exame de emissões otoacústicas tem grande importância, uma vez que permite detectar, logo no início da vida, se há alguma deficiência ou disfunção auditiva no recém-nascido.

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“Crianças que não passam pelo teste da orelhinha, e são portadoras de perda auditiva, podem ter seu desenvolvimento comprometido. Entre os danos que os problemas podem trazer, caso não façam o tratamento precocemente, estão dificuldades de aprendizagem e compreensão, além de prejuízo na fala e na interação social”, explica a fonoaudióloga Silvia Roberta Monteiro.

Como demonstra a especialista, o sistema auditivo demonstra papel fundamental na aquisição da linguagem falada. Por isso, ele tem ainda mais importância nos primeiros anos de vida, quando a criança está em um dos maiores picos de desenvolvimento.

Além disso, exame se realizado corretamente e nos primeiros dias de vida, ainda pode tornar possível o tratamento logo nos primeiros seis meses. “Cerca de 50% das perdas auditivas poderiam ser evitadas ou suas sequelas diminuídas, se ocorressem precocemente medidas de detecção, diagnóstico e reabilitação. O fracasso na detecção precoce da perda auditiva na criança resulta em diagnósticos e intervenções em idades muito tardias e prejuízo no desenvolvimento global da criança”, revela.

Como realizam o teste da orelhinha, um dos exames mais importantes para os recém-nascidos?

De maneira simples e sem dores, o exame consiste na inserção de uma minúscula sonda no canal auditivo do bebê dormindo. Assim, o profissional consegue emitir estímulos sonoros e captar a resposta das células ciliadas externas da cóclea, responsáveis pela captação e amplificação do som. Dessa maneira, caso detectado algo, prontamente encaminha-se a criança avaliação otorrinolaringológica e exames complementares que trarão o diagnóstico completo.

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Apesar disso, em alguns casos não conseguem realizar o exame. Isso quando o bebê está ainda com o vérnix, líquido residual do parto, no canal da orelha ou quando os recém-nascidos apresentam um risco conhecido de surdez ou falha nas emissões otoacústicas. Nesses casos, é necessária a realização de um segundo exame, mais complexo – o BERA ou Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico.