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Saúde mental: a esperança diferencia o estresse do Burnout, diz especialista

O Dr. Fabiano de Abreu discorre sobre as diferenças entre estar estressado e ter desenvolvido síndrome de Burnout

Neurocientista fala sobre estresse e Burnout – Pexels/ANTONI SHKRABA production

A síndrome de burnout, muitas vezes causada pelo excesso de trabalho, leva ao cansaço físico e mental que acarreta na redução da capacidade de um indivíduo. Nesse contexto, o PhD em neurociências, biólogo e antropólogo, Dr. Fabiano de Abreu, alerta que o burnout pode levar a despersonalização associada à percepção de ter cometido erros, deterioração pessoal e familiar, problemas físicos como dores de cabeça, insônia, dor osteomuscular, problemas gastrointestinais e riscos cardíacos. Além de fadiga crônica, alterações na anatomia do cérebro, acarretando em comportamentos que afetam o emocional, e a inteligência, depressão, comportamentos de alto risco, entre muitas outras consequências que podem resultar em diversas doenças a depender do grau do burnout e genética do indivíduo.

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Durante o isolamento social rígido e todas as mudanças de rotina causadas pela pandemia de covid-19, os números de casos de síndrome de burnout aumentaram. “A necessidade constante de o indivíduo se apresentar como produtivo, eficiente e eficaz, desencadeou o surgimento de algumas habilidades para conviver nessa sociedade tecnológica”, explica o especialista.

Para ele, é necessário, ainda, compreender as diferenças entre o estresse e o burnout. “O burnout é gradativo, piora ao longo do tempo e o estresse, por sua vez, oscila. Porém, se o estresse for mantido pode levar ao surgimento do burnout”, explica. O neurocientista defende que a esperança é um ponto-chave de diferenciação entre o estresse e o burnout. “Pessoas estressadas podem imaginar que se conseguirem manter tudo sob controle, se sentirão melhor. Há esperança. Já pessoas que sofrem de burnout muitas vezes não veem esperança”, pontua.

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SÍNDROME DE BURNOUT PROVOCA SINTOMAS FÍSICOS E MENTAIS

A síndrome de burnout pode ainda deixar evidente algumas alterações na produtividade profissional de cada indivíduo em diferentes âmbitos. “Há sintomas físicos, mentais e emocionais. Há negligência profissional, lentidão e contato impessoal, por exemplo”, detalha o neurocientista

Para melhorar o ambiente de trabalho e evitar a síndrome de burnout, o Dr. Fabiano acredita que se pode organizar horários, sentir domínio de funções, não esperar reconhecimento e ter autoconfiança. “Pense que ‘metas são motivos de vida’, então as crie. Coloque como desafios, eles impulsionam e quando conquistados resultam em sensação boa de recompensa”, pontua.

É necessário, ainda, dormir oito horas por dia, acessar menos as redes sociais e evitar ambientes caóticos. “Não assuma toda a responsabilidade, você não precisa mudar o mundo. Assuma o tamanho da responsabilidade que consiga lidar”, aconselha.

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Sobre a fonte:

O Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.

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