Saúde íntima não é tabu! Como o laser vaginal pode ajudar mulheres com mais de 40 anos
Técnica possibilita a regeneração vaginal, proporcionando melhorias na parte funcional e sexual; saiba mais
Técnica possibilita a regeneração vaginal, proporcionando melhorias na parte funcional e sexual; saiba mais
Estudos apontam que entre 80 e 90% das mulheres sofrem com um ou vários sintomas da menopausa. Infelizmente, seja por falta de informação ou até por constrangimento, muitas mulheres não buscam tratamento, comprometendo a parte funcional e sexual e, consequentemente, a qualidade de vida.
“De fato, todas as mulheres passam por modificações no corpo, devido às oscilações hormonais do envelhecimento. A queda do estrogênio gera alterações durante a perimenopausa até à menopausa, ou em situações clínicas como menopausa precoce, aleitamento materno, pós-parto, tratamento de câncer de mama e miomatose uterina (tumores benignos no útero)”, afirma a Dra. Fernanda Torras, ginecologista e obstetra, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), da SMB (Sociedade Brasileira de Mastologia) e da ABCGIN (Associação Brasileira de Cosmetoginecologia).
Segundo a profissional, esta falência hormonal afeta as fibras de colágeno do trato genital, causando afinamento da musculatura, flacidez na vulva, diminuição da lubrificação, perda da elasticidade vaginal, perda da sensibilidade e do prazer aos estímulos sexuais. Também há aumento de flatos vaginais no ato sexual, dores durante a relação, urgência para urinar, incontinência, infecções urinárias de repetição, alterações do pH vaginal e corrimentos de repetição.
Laser vaginal: melhorias na saúde íntima
O laser vaginal é uma opção não cirúrgica para as mulheres que querem restaurar a aparência e o fisiológico da sua genitália, principalmente as que sofrem com a síndrome urogenital da menopausa ou que não podem realizar terapia de reposição hormonal. A procura pelo procedimento acontece também em pós-parto e pós-bariátrica.
Como funciona?
O laser vaginal estimula a produção de novas fibras de colágeno, promovendo mais hidratação, tônus e vascularização da mucosa vaginal e do assoalho pélvico. O estímulo é por ablação do calor do aparelho nos tecidos, gerando uma resposta inflamatória e cicatricial local que ativa células fibroblastos, produção de colágeno e moléculas de ácido hialurônico, regenerando a funcionalidade do trato genital e urinário.
Normalmente, são indicadas três sessões com intervalo de um mês entre cada. Quando necessário, é realizada uma nova sessão anual para manutenção. Segundo a ginecologista, tudo depende da avaliação do especialista, do organismo de cada mulher e do grau da queixa.
“Além de rápido, o procedimento gera um desconforto mínimo e tolerável. Em diversos casos, o laser vaginal pode substituir a necessidade do uso de cremes à base de estrogênio, já que muitas mulheres não gostam de passar o tempo todo ou até possuem contraindicações para a aplicação”, explica Fernanda Torras. Em relação ao custo, pode variar conforme a clínica e o médico, mas, geralmente, cada sessão fica entre R$1.500 a R$2.500.