Saúde bucal das crianças: confira 3 cuidados importantes

Não costumamos pensar muito a fundo, mas, se repararmos bem, a saúde bucal tem uma enorme importância na vida das pessoas. Afinal, nossa boca é usada para atividades importantes, como a alimentação, a comunicação, para demonstrar afeto e assim por diante.

Quando falamos sobre isso, a primeira coisa que pode vir na mente é a estética. Um sorriso bonito. Mas não é exatamente disso que se trata a saúde bucal, apesar da autoestima ser um fator importante também na vida de alguém.

Manter seus dentes e a sua boca saudável é muito mais do que estética. É ter qualidade de vida e, principalmente, evitar problemas ou doenças que podem gerar muito desconforto ou momentos ruins. A melhor solução para evitar isso, portanto, é dedicar uma boa atenção para a boca desde que somos crianças. Assim, muitos problemas podem ser evitados quando atingimos a fase adulta e também a velhice.

Saúde bucal da criança: responsáveis devem levar os filhos desde cedo ao dentista

Em primeiro lugar, uma criança não tem responsabilidade. Isso fica a cargo dos seus pais. E é o pai ou a mãe que precisa ter a responsabilidade de criar o primeiro contato com o dentista. A melhor maneira é levar a criança desde cedo a um profissional. Isso não só vai, com o tempo, acostumar a criança a tratar da boca, como criar hábitos e aprender cada vez mais sobre a saúde bucal.

“Durante os primeiros anos de vida de uma criança, a mãe exerce um grande papel de influência e serve como um espelho para o filho, servindo de exemplo para diversas atividades. Nesse período, além de hábitos nutricionais, é de muita importância também a demonstração do valor da higiene bucal para a criança e a saúde dela. Tudo o que uma mãe faz e apresenta para o seu filho durante esse período reverbera de forma permanente no futuro dele”, afirma a dentista Solange Vergani.

“Por isso, além de explicar, é importante mostrar com exemplos. Uma técnica interessante é realizar a higiene bucal junto com a criança, escovando os dentes, passando o fio dental em companhia com o filho. Dessa forma, a mãe participa de maneira ativa na saúde bucal da criança e consegue perceber problemas que possam surgir, antecipando idas ao dentista e evitando complicações mais graves com a saúde bucal da criança”, complementa.

Isso é importante principalmente para prevenção e evitar dores desnecessárias ou até mesmo doenças que poderiam ser facilmente evitadas. Em um ortodontista, por exemplo, quanto mais cedo se iniciar o tratamento, muito antes a criança termina e evita transtornos na adolescência e vida adulta por conta dos aparelhos.

Hábitos e o poder da educação na saúde bucal

Se a criança vai ao dentista desde cedo, isso vai permitir que ela tenha uma educação sobre a saúde de uma forma mais direta e abrangente. Porque não será apenas os pais ou a família que vão dar conselhos ou ensinar a criança a cuidar da boca, mas também haverá indicações de um profissional para criar estes hábitos e disseminar conhecimento.

“A educação exerce um grande poder e influência na saúde bucal. O hábito de se manter com a escovação em dia, uso de fio dental e a higiene bucal como um todo é de grande importância na prevenção e também para a autoestima, como eu disse. Começar cedo evita problemas mais graves, extrações desnecessárias e até mesmo cirurgias mais complexas”, explica a especialista.

“Um trabalho que pode parecer trazer resultados imediatos no presente, traz resultados positivos para o futuro da pessoa. Os pais devem participar da criação desse hábito em casa, nas escolas com a disponibilização de informação e nós, como profissionais, na disseminação da saúde bucal”. À medida que a criança se habitua com a escovação ou com os hábitos saudáveis, fica automático e mais fácil para que ela mantenha a rotina de limpeza diária em casa.

Visitas periódicas de limpeza

Também é muito importante que haja visitas periódicas para limpeza nos dentes e na boca. Isso elimina problemas que podem se agravar no futuro, como o caso de uma cárie ou qualquer tipo de irregularidade que possa surgir na saúde bucal da criança. A recomendação, portanto, dependendo de cada caso, é realizar uma limpeza a cada três ou a cada seis meses.

“Por mais que façamos a higienização bucal de forma adequada, com uma boa escova de dentes, uma pasta de qualidade e uso do fio dental corretamente, bactérias podem se formar e se proliferarem em um curto espaço de tempo e se acumularem aos poucos durante os meses. Assim, realizando uma visita regular ao profissional dentista, você faz uma limpeza completa e evita um acúmulo maior de resíduos. É recomendado uma ida ao dentista pelo menos uma vez a cada seis meses”, comenta Solange Vergani. Tudo isso impacta não só na saúde, mas também na autoestima.

Quando falamos em estética, falamos também em autoestima. E isso se liga diretamente com a saúde mental das pessoas. Então, a regularidade de visitas no dentista, a atenção nas possíveis irregularidades, os hábitos e a educação influenciam diretamente também na autoestima da criança.

“Nosso sorriso (ou a ausência dele) é uma das primeiras coisas a serem notadas em um encontro com outra pessoa. É nosso cartão de visitas e exerce uma grande influência na nossa relação com as pessoas. Quando não estamos contentes com nosso sorriso, evitamos essas interações e acabamos nos isolando. Ter um sorriso saudável, com dentes limpos e alinhados faz com que a percepção que nós temos de nós mesmos seja positiva e faz com que nos sentimos bem com nosso próprio corpo como um todo. Hoje, ainda mais, visto que compartilhamos muitas selfies nas redes sociais. Se ver bonita nas fotos e gostar do sorriso traz auto segurança e eleva nossa autoestima”, diz a dentista Solange Vergani.

Um sorriso bonito não é só saudável fisicamente, mas também emocionalmente. É importante para a criança e para qualquer adulto se sentir bem consigo mesmo.

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Sobre a fonte:

Solange Vergani, da REDEORTO, é formada em odontologia pela FORP – USP (Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto), especialização em ortodontia e MBA em Administração.