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Queda, afogamento e intoxicação: taxa de acidentes com crianças sobe durante as férias

Durante o período de férias, acidentes domésticos com crianças, como quedas e afogamentos, são mais frequentes e acendem alerta

Pediatra relata cuidados com crianças durante férias – Pexels/Jessica West

O mês de julho, no Brasil, é marcado pelas férias escolares e, por conta disso, pela criançada curtindo muito fora das escolas. No entanto, em casa e/ou viagens os riscos de acidentes acabam sendo redobrados e requerem ainda mais atenção.

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Dentre os acidentes caseiros mais comuns estão as quedas, além de queimaduras, intoxicação, sufocação e afogamentos. Dados da ONG Criança Segura, por exemplo, mostram que em torno de 113 mil crianças e adolescentes no Brasil são hospitalizados e 3,7 mil morrem devido a motivos acidentais caseiros. No entanto, os mesmos, em 90% dos casos, poderiam ser evitados com medidas de segurança.

Por isso, a pediatra Lara Mariana França alerta pais e responsáveis sobre a importância do cuidado redobrado com as crianças durante as férias.

Pediatra relata cuidados com crianças durante férias, para manter segurança

“As quedas são muito comuns e de diversas formas, sejam quedas de própria altura ou de alturas acima de 2 metros. Quando o contato da cabeça é forte devem ser observados o estado neurológico da vítima, caso apresente qualquer alteração encaminhar para unidade hospitalar”, orienta a especialista sobre os acidentes mais comuns em casa, as quedas.

Em outros acidentes, como intoxicação e o sufocamento por pequenos objetos. “Não se deve tentar provocar o vômito. O correto é identificar o que causou a intoxicação e buscar ajuda médica. Já quando há a ingestão de pequenos objetos, um reflexo comum é colocar a mão na garganta e tentar tossir. Caso a criança consiga tossir é porque o ar ainda está passando e essa tosse deve ser estimulada para continuar”, explica.

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Em casos mais graves de sufocamento, “é preciso pedir calma e observar se consegue ver e retirar o objeto, sem fazer buscas às cegas. Se não, é preciso realizar tapotagens entre as escápulas (costas), batendo com força considerável cinco vezes, direcionando o tronco da pessoa um pouco a frente. Se ainda assim o objeto não sair, é preciso realizar a manobra de Heimlich se posicionando atrás da pessoa com as duas mãos sobre o estômago e pressionando com movimentos em forma de C, forçando o diafragma a expulsar o objeto. Em último caso, se a obstrução continuar e a pessoa entrar em parada respiratória, é preciso realizar os procedimentos para a parada respiratória”.

Já para evitar afogamentos, o ideal é tentar evitar águas mais fundas, quando não se sabe nadar, e evitar águas escuras e/ou desconhecidas, que podem apresentar algum risco. “Lembrar sempre que uma criança não pode ser responsável por cuidar da outra. As boias de braço dão uma má sensação de segurança, por isso é mais indicado o uso de colete salva-vidas. Em caso de afogamento, a forma correta de ajudar é atirar algo que flutue para que a pessoa se agarre e não entrar na água para tentar ajudar, pois pode virar mais uma vítima”, explica Lara Mariana França.

Por fim, a pediatra aponta a importância de sempre se ter um kit de primeiros socorros, com curativos, antialérgicos, remédios, à disposição.

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