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Primeiro brasileiro infectado com varíola dos macacos relata sintomas

Infectado há mais de 15 dias, brasileiro foi o primeiro diagnosticado com varíola dos macacos do país e relata os sintomas que sentiu antes e durante o diagnóstico

OMS declara monkeypox como emergência de saúde global
OMS declara monkeypox como emergência de saúde global – Freepik

Doug Mello, de 22 anos, foi o primeiro brasileiro infectado com varíola dos macacos do país. No início do mês de junho, após retornar de uma viagem para a Europa, o jovem começou a sentir os primeiros sintomas que levaram até o diagnóstico.

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Segundo ele, tudo começou há 14 dias. De início, ele teve uma forte dor nas costas, mas acreditou que seria pelo cansaço do dia a dia. Na madrugada, ele acordou ensopado, ardendo com 39º de febre, que nenhum remédio baixava. Na manhã seguinte, portanto, ao visitar o médico, ele percebeu as primeiras erupções na pele do paciente — características da varíola dos macacos.

Encaminhado para o Instituto Emílio Ribas, em entrevista ao O Globo, Doug conta: “Quando cheguei lá, veio o primeiro choque. Eu apenas dei o meu nome completo e a enfermeira deu um grito. Começou a falar para todo mundo que eu havia chegado, pessoas de máscaras me acompanharam até um quarto afastado, todos tinham o maior cuidado de chegar perto de mim, ou encostar em mim. […] Os enfermeiros me levaram em direção a uma porta. Assim que eu entrei, eles pregaram um papel escrito ‘sujo'”.

No mesmo dia, ele realizou o exame que arranca uma parte do tecido da bolha para testar o vírus. No dia seguinte, ele recebeu o positivo e está isolado em casa, desde então.

Primeiro brasileiro infectado relata seus sintomas da varíola dos macacos

Após o positivo e isolamento em casa, portanto, o jovem relata que os principais sintomas são, em si, as erupções. “Minhas erupções, quando estão com as bolhas, doem muito por si só. A dor é tanta, que eu não conseguia levantar o braço para colocar uma camiseta, para se ter uma ideia. Elas doem como se fossem uma queimadura. Parece que seu corpo está queimando em diversas partes”, relata.

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Além disso, ele conta que a febre alta, entre 39º e 40º, persistiu por uma semana. Com medo dos riscos, “falava com o meu médico todos os dias, praticamente todas as horas indagando se era melhor eu ir ao hospital, me internar, se eu estava piorando, se aqueles sintomas eram normais”, aponta.

Mas, apesar dos sintomas e toda a preocupação, Doug, que também já foi infectado com a covid-19, conta que a varíola dos macacos é mais leve, a longo prazo: “varíola dos macacos incomoda, mas é muito mais branda e tranquila e parece que não vou ter sequelas, como eu fiquei com a Covid”.

Por agora, passados 14 dias, ele conta que o único sintoma que persiste é a coceira das bolhas que estão secando. Mesmo assim, ele segue isolado até as erupções sumirem por completo.

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