Organização Mundial da Saúde anuncia acordo para viabilizar testes de Covid-19 em países pobres

A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que a ação corrija a desigualdade do mundo em relação ao acesso de recursos para o enfrentamento da doença

Organização Mundial da Saúde anuncia acordo – Freepik/prostooleh

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta terça-feira, 23 de novembro de 2021, um acordo para facilitar a produção de testes contra a Covid-19, de forma mais barata, em países mais pobres. Segundo o órgão, a ação serve para corrigir a desigualdade do mundo em relação ao acesso de recursos para o controle da doença.

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A licença será gratuita nessas regiões e, de acordo com a OMS, essa é a primeira licença transparente, em que não há uma exclusividade de tecnologia sanitária para o diagnóstico do coronavírus. A assinatura do acordo foi feita pelo Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), Medicines Patent Pool (MPP) e Covid-19 Technology Access Pool (C-TAP), da OMS. 

“O objetivo da licença é facilitar a rápida fabricação e comercialização do teste sorológico de Covid-19 do CSIC em todo o mundo”, frisou o órgão.

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Em meio a essa desigualdade e a entrada do mundo em uma quarta onda da doença, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, espera que a medida sirva como inspiração de acessibilidade para os produtores não só de testes contra a Covid-19, mas também de imunizantes.  

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“Peço aos que desenvolvem vacinas, tratamentos e ferramentas de diagnóstico de Covid-19 que sigam esse exemplo e mudem o rumo da devastadora desigualdade mundial que esta pandemia evidenciou”, disse o diretor-geral. 

Quarta onda de Covid-19

Nesta segunda-feira, 22 de novembro de 2021, a diretora-geral adjunta para acesso a medicamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mariângela Simão, declarou que o mundo está no início de uma quarta onda da doença.

“Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E os dados cumulativos são 255 milhões de casos e 5,1 milhões de óbitos. E é claro que isso reflete uma enorme subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia”, alertou Mariângela.

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Em relação ao Brasil, que vem registrando queda no número de casos e óbitos, a diretora apontou o carnaval como uma preocupação do aumento de infecções: “Me preocupa bastante quando vejo no Brasil que tem discussão sobre a abertura do carnaval. Isso é realmente uma condição extremamente propícia para aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar já as ações para 2022″.

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