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Ômicron: primeiro óbito pela variante é confirmado; Brasil já registra 11 casos da doença

O primeiro óbito pela Ômicron ocorreu no Reino Unido, em meio a um crescimento de infecções pela nova variante

Primeiro óbito pela Ômicron – Freepik/freepik

Diante de muitos estudos e mistérios a serem desvendados, foi oficialmente registrada nesta segunda-feira, 13, a primeira morte no mundo pela variante Ômicron da Covid-19. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), até a última sexta-feira, 10, não havia sido notificado nenhum óbito. O caso do paciente que faleceu aconteceu no Reino Unido, e foi confirmado pelo primeiro-ministro Boris Johnson

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“Infelizmente, a Ômicron está gerando hospitalizações e, tristemente, pelo menos um paciente morreu com Ômicron, confirmado”, disse o primeiro-ministro em visita a um centro de vacinação em Londres. 

A Europa enfrenta uma dura crise contra a doença, e as infecções pela nova variante no Reino Unido têm sido mais uma fonte de preocupação às autoridades de saúde, já que 1.239 novos casos da Ômicron foram notificados só no domingo, 12. Desse número, Londres representa 40% das infecções, conforme dados divulgados pelo governo britânico. Todo esse índice leva a uma triste soma, no total: ao todo, são 3.137 diagnósticos da doença na região

Quando se trata de uma perspectiva futura, essa não apresenta um cenário positivo no Reino Unido e serve como um alerta para os demais países do mundo. Com a primeira morte confirmada, a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres estima que a nova variante pode provocar de 25 mil a 75 mil óbitos na Inglaterra, só nos próximos cinco meses. Enquanto isso, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido diz que a Ômicron pode se tornar dominante em poucos dias. 

Conforme o ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, o ritmo dos casos está dobrando a cada dois ou até mesmo três dias, “isso significa que estamos diante de um maremoto de infecções, estamos novamente numa corrida entre a vacina e o vírus”

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ÔMICRON: O QUE SE SABE SOBRE A VARIANTE ATÉ O MOMENTO?

Em comunicado técnico neste domingo, 12, a OMS divulgou que, em dados preliminares, a Ômicron parece ter um maior potencial de propagação do que a Delta e que pode afetar a eficácia das vacinas. Mas muitos estudos ainda precisam ser feitos, analisados e revisados. Inclusive, diversas farmacêuticas vêm avaliando esse quadro, em que a Pfizer, por exemplo, já indicou um estudo preliminar de que as três doses da vacina se mostraram 25 vezes mais eficaz contra a variante, e a Sinovac já anunciou que a CoronaVac será adaptada, com a previsão de que a nova versão deve ficar pronta em três meses.

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De acordo com a imunologista da Universidade de São Paulo, Dra. Brianna Nicolletti, estudos recentes apontam que “essas mutações possibilitariam que o vírus interagisse com um número maior de receptores nas células e, por estes motivos, ela (a variante Ômicron) parece ser mais transmissível”

A imunologista ainda lembra sobre a possibilidade de uma pessoa que já teve a Covid-19, ser infectada novamente por conta da Ômicron: “Devido às mutações, esta nova variante parece ter uma chance aumentada de reinfecção”. Ela ressalta, ainda, a característica que chamou a atenção da comunidade científica, em que a nova cepa possui cerca de 50 mutações, e 32 delas estão na proteína spike. 

SINTOMAS DA VARIANTE ÔMICRON

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Não está claro se a doença provocada pela variante ômicron pode ser capaz de sintomas mais graves que outras variantes, como a Delta. De acordo com a OMS, não se sabe ainda se os sintomas desta nova variante são diferentes das demais”, explica a Dra. Brianna Nicolletti. 

ÔMICRON: CASOS NO MUNDO E NO BRASIL

Ainda em nota técnica, levantamentos da OMS mostram que a Ômicron já foi registrada em 63 países, incluindo o Brasil. Aliás, por aqui, o país já possui 11 casos confirmados, em São Paulo (cinco), Distrito Federal (dois), Rio Grande do Sul (dois) e Goiás (dois)
 
E o que fazer diante desse cenário? A imunologista Dra. Brianna Nicolletti alerta que, “neste momento, existe uma recomendação da OMS que as medidas de distanciamento, uso de máscara, higiene de mãos, evitar aglomerações e vacina devem continuar”.
 

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